A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2,3% para 2025, mesmo após as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A projeção, detalhada no Informe Conjuntural do segundo trimestre, indica que a economia será sustentada, principalmente, pelo bom desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido.
A CNI revisou a previsão de crescimento da agropecuária de 5,5% para 7,9%. Em contrapartida, a projeção de crescimento da indústria foi reduzida de 2% para 1,7% devido a fatores como juros altos e o impacto das tarifas americanas sobre as exportações.
Destaques e desafios setoriais
A indústria de transformação deve ser a mais afetada, com a projeção de crescimento caindo de 1,9% para 1,5%. Já a indústria da construção civil se mantém aquecida, com estimativa de crescimento de 2,2%, impulsionada por projetos em andamento e pelo bom desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida.
Outro setor que deve contribuir para o crescimento é a indústria extrativa, especialmente a de petróleo. A CNI dobrou a expectativa de alta para 2%, refletindo o aumento da produção.
Mercado de trabalho
As projeções da CNI para o mercado de trabalho são otimistas. A entidade estima que o número de pessoas ocupadas deve aumentar 1,5% em 2025, e a massa de rendimento real dos trabalhadores deve crescer 5,5%. Com isso, a taxa média de desocupação deve atingir o menor patamar histórico pelo segundo ano seguido, ficando em 6%.