A exportação de carne bovina brasileira bateu recorde em julho, no mês anterior à entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) compilados pela Abiec, o Brasil embarcou 313.682 toneladas, um crescimento de 17,2% em relação a julho de 2024. O valor total das vendas no período foi de US$ 1,67 bilhão.
A marca histórica é impulsionada pela forte demanda internacional. A China foi o principal destino, comprando 160,6 mil toneladas, o que representa mais de metade do volume total exportado. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, com 18,2 mil toneladas.
Principais destinos e valores
No acumulado de janeiro a julho de 2025, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas de carne bovina, gerando US$ 8,9 bilhões em receitas. A China também lidera o ranking anual de importações, seguida pelos Estados Unidos, Chile, México e Rússia.
A Abiec ressaltou que as maiores variações de crescimento no volume exportado no acumulado do ano foram registradas em mercados como México (+217,6%), União Europeia (+109,7%) e Canadá (+101,1%). O resultado demonstra a diversificação do Brasil em novos mercados.
Desempenho no acumulado e diversificação de mercados
Apesar de a carne bovina ter sido incluída no tarifaço do governo de Donald Trump, a Abiec mantém a expectativa de um cenário positivo para o segundo semestre de 2025. A entidade prevê a manutenção da demanda e o surgimento de novas oportunidades comerciais. O Brasil, consolidado como o maior exportador mundial, vende carne bovina para cerca de 160 mercados, incluindo destinos estratégicos no Oriente Médio, Sudeste Asiático e Leste Europeu.