O dólar comercial iniciou o mês de agosto com uma queda expressiva, fechando a R$ 5,545 nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025. A desvalorização de 1,01% foi impulsionada pela divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, que mostraram a criação de 73 mil vagas e a elevação da taxa de desemprego para 4,2% em julho. Esses indicadores aumentam a possibilidade de o Federal Reserve (Banco Central americano) reduzir as taxas de juros, o que afeta o câmbio.
Durante o dia, a cotação do dólar chegou a R$ 5,62, reagindo ao anúncio de novas tarifas do governo de Donald Trump. No entanto, o cenário mudou drasticamente com os dados de emprego. A queda foi acentuada pela saída de uma diretora do Fed e da comissária do Departamento de Estatísticas do Trabalho, o que abriu espaço para nomeações de aliados de Trump, aumentando a pressão por juros mais baixos.
Enquanto o dólar caía, a Bolsa de Valores enfrentou um dia de turbulência. O índice Ibovespa da B3 fechou aos 132.437 pontos, com uma queda de 0,48%. O desempenho foi impactado tanto pela nova guerra comercial com os EUA quanto pela pressão de bolsas em outros países. Além disso, notícias sobre possíveis sanções a instituições financeiras com contas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fizeram as ações do Banco do Brasil recuarem 6,85%.