O Banco Central (BC) informou nesta quinta-feira, 24 de julho de 2025, que o vazamento de dados de chaves Pix em um sistema administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afetou 46.893.242 chaves de 11.003.398 pessoas. A autoridade monetária, com sede em Brasília, também esclareceu que mais tipos de dados foram expostos do que o inicialmente comunicado.
Detalhes do Incidente e Dados Expostos
De acordo com o BC e o CNJ, o acesso indevido às chaves Pix ocorreu via Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), que conecta juízes e o Banco Central. As informações cadastrais expostas foram: nome do usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento, agência, número e tipo da conta, chave Pix, situação da chave Pix, data de criação da chave Pix e data de exclusão da chave Pix.
Inicialmente, o CNJ havia informado que apenas nome da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta haviam sido acessados. O problema, ocorrido no domingo (20) e na segunda-feira (21), foi prontamente corrigido, segundo o CNJ. Ambos os órgãos reiteram que não houve exposição de dados sensíveis, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário.
O Papel do Sisbajud e Transparência
O Sisbajud é uma ferramenta eletrônica que permite aos juízes solicitar informações financeiras e bloquear ativos de devedores. O sistema substitui o antigo BacenJud e facilita a comunicação entre o Judiciário e o sistema financeiro para o cumprimento de ordens judiciais.
As informações obtidas são de natureza cadastral, o que impede a movimentação de recursos ou o acesso às contas. Apesar de o incidente ter baixo impacto potencial e a comunicação não ser exigida por lei, o BC decidiu divulgar a ocorrência por princípio de transparência.
Canal de Consulta para Cidadãos Afetados
O CNJ informou que, em breve, oferecerá uma ferramenta exclusiva para que os cidadãos possam consultar se foram afetados pela exposição de dados. A divulgação desse canal ocorrerá no site do CNJ: www.cnj.jus.br.
É importante ressaltar que este será o único meio de comunicação com as pessoas afetadas. O CNJ destacou que não entrará em contato com as vítimas por mensagens, SMS, e-mail ou chamadas telefônicas.