O portovelhense que foi ao mercado de bairro ou superatacados fazer as compras do mês tomaram um baita de um susto com o preço do ovos, que passou de alimento popular a luxo. Com o preço do ovo disparado, o produto até virou alvo de criminosos, que roubaram mais de 100 mil ovos de um trailer no estado da Pensilvânia, nos EUA. A carga roubada estava avaliada em US$ 40 mil (cerca de R$ 230 mil, na cotação atual).
Nos últimos dias, o preço do ovo, alimento tradicionalmente acessível à maioria das famílias brasileiras, disparou, tornando-se um item cada vez mais caro. De fonte econômica de proteína, ele se transformou em um item de luxo para muitas pessoas. Esse aumento, no entanto, não é um simples ajuste de mercado, mas reflete uma questão estrutural mais profunda, impactando diretamente as famílias de menor poder aquisitivo.
O ovo sempre foi um alimento presente no cardápio das famílias brasileiras, devido ao seu custo relativamente baixo e valor nutricional. Contudo, com o recente aumento dos preços, muitas pessoas se veem obrigadas a reconsiderar seus hábitos de compra. Em um grande mercado, o produto encontra-se no valor de R$ 27,59 (a cartela com 30 unidades) um valor considerado alto para quem vive com um orçamento apertado.
Esse aumento de preços, que se alinha a uma inflação alimentar mais ampla, também afeta outros produtos essenciais como arroz, feijão e carne, criando um cenário no qual a alimentação básica se torna mais difícil de ser mantida. Para muitas famílias que dependem de cestas básicas e têm uma renda reduzida, o simples ato de comprar ovos virou um desafio diário.
“Antes já era difícil, mas agora ficou ainda mais complicado. O ovo era uma das poucas opções que podíamos comprar sem pesar tanto no orçamento. Agora, com o aumento, precisamos cortar outras coisas para conseguir comprar comida”, conta Fabrícia Moraes, moradora de uma comunidade de baixa renda na Zona Norte.
Além do impacto nutricional, a crise também tem reflexos na saúde pública. A insegurança alimentar, que afeta milhões de brasileiros, está diretamente relacionada à falta de acesso a alimentos saudáveis e suficientes. Com o aumento de preços, muitas famílias acabam se alimentando de maneira inadequada, o que agrava a situação da saúde de muitas pessoas.
Espera-se que o preço não só do ovos, mas de outros alimentos da cestas básica fiquem mais baratos, para que a população mais carente consiga se alimentar de forma mais adequada.