A Universidade Federal de Rondônia (Unir) realiza neste domingo (16) o Fórum do Movimento Hip Hop de Rondônia, evento que vai discutir as diretrizes do hip-hop no estado. A programação ocorre durante todo o dia, na Unir Centro, integrando o XI Festival de Arte e Cultura da Unir, promovido pela Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA/Unir).
Programação e debates
O Fórum contará com duas mesas de debate, oficina de slam, pocket shows, batalha de rap e sarau com microfone aberto.
A mesa de abertura tem como tema “Construção do Hip Hop na Floresta: territórios, memórias e futuro”, com Carlos Mossoró, Sandra Braids, Mano André, Dimenó e Thaís Santos, além da mediação de Ana Laura Gomes.
Carlos Mossoró é professor da Unir e idealizador do Fórum. Sandra Braids é rapper e criadora do projeto Ideologia Feminina, além de fundadora do coletivo Família Atitude Central. Mano André atua como facilitador regional da Construção Nacional do Hip Hop, enquanto Dimenó é coordenador do Centro Acreano de Hip Hop e Thaís Santos organiza a Batalha de Vilhena.
Em seguida, acontece a mesa “Mulheres do Hip Hop em Rondônia: memória, organização e fortalecimento”, com Sandra Braids, Senny Lemos, Majestade MC, Negra Mari, Báh Iori e Jhuka Andrade, mediadas por Laura Graziele.
Oficinas, música e poesia
No período da tarde, o público poderá participar da oficina de poetry slam, formato de torneio de poesia falada que se popularizou mundialmente.
Logo depois, ocorre o lançamento da cypher “Crítica Social”, gravada na própria Unir, com participação dos rappers Lavida, Nego Drama, Nycx, Jovem Apolo, Mano André e Carlos Mossoró, além de introdução do MC Velhote e interlúdio da poetisa Ana Laura Gomes.
A cypher, com instrumental produzido em Moçambique, teve pós-produção assinada por Tio Manias. O clipe é uma produção dos estudantes do curso de Jornalismo da Unir, sob direção de Bruna Cassila, com apoio de Júllya Ketlin e Emanuelle Lima.
Shows e batalha de rap
A partir das 15h30, haverá pocket shows com artistas de várias cidades, como Negra Mari (Ariquemes), Bah Ióri (Vilhena), Nei Mura, Majestade MC, Sandra Braids, Carlos Mossoró, entre outros. Durante as apresentações, será retomado o Movimento Hip Hop da Floresta, coletivo musical e político nascido em Rondônia.
A batalha de rap será no formato “conhecimento”, avaliando rimas improvisadas sobre temas definidos pela organização. Idealizada pela estudante de psicologia Laura Graziele, a disputa reunirá 16 MCs, incluindo nomes do interior como Thaís Santos (Vilhena), Kadrosh (Vilhena) e Jullyn (Cacoal).
Apoio e reconhecimento
O Fórum é uma iniciativa do projeto Barras Maning Arretadas (BMA), vinculado à Unir como projeto de inovação tecnológica e iniciação científica. O BMA já foi destaque em eventos na Harvard University e em países como Moçambique, Irlanda e França, além de ter conquistado o 3º lugar no Congresso Brasileiro de Folkcomunicação, no Rio de Janeiro.
O evento conta com apoio da Construção Nacional do Hip Hop, Corporação Casas de Cultura de Hip-Hop Brasil (C3h2b) e Universidade Hip-Hop Brasil. Também participam a Kanindé – Associação Etnoambiental e a Conectando Periferias, cooperativa que fomenta o hip-hop nas comunidades de Porto Velho.
Essas instituições nacionais atuam para o reconhecimento do hip-hop como patrimônio imaterial junto ao IPHAN, além de incentivar a criação de casas e universidades dedicadas ao movimento em todo o país.







































