Porto Velho vivenciou uma semana de intensa programação cultural com o III Madeira Festival de Teatro. O evento, realizado pela Nzinga Produções e coordenado por Negra Mari, apresentou espetáculos gratuitos que dialogaram com a realidade local, despertaram emoções e provocaram a reflexão na plateia. O festival conta com o patrocínio do Banco da Amazônia.
A abertura, na terça-feira, apresentou o espetáculo “Corpo-árvore – entre raízes e folhas de memórias”. A performance da artista Andrea Melo, acompanhada pelo músico Raoni, transportou o público para uma floresta encantada, usando um cenário natural com folhas secas. A obra trouxe reflexões sobre ancestralidade, a exploração da floresta e as queimadas, deixando uma mensagem de esperança na regeneração da natureza.
Riso, emoção e debates sobre arte amazônica
Na quarta-feira, a emoção e o riso tomaram conta do público com o espetáculo “Ensaio Geral”, de Klindson Cruz. A peça divertiu estudantes do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) com as trapalhadas do palhaço Pingo, que insistia em ensaiar sem a presença da diretora. O desfecho surpreendente emocionou os jovens, que aplaudiram de pé.
Encerrando a programação do dia, ocorreu a mesa de debate “Teatro Amazônico: Resistência, Identidade e Novos Caminhos de Criação”. Mediado por Negra Mari, o encontro contou com as convidadas Victoria Barreto, Amanara Brandão e Gisele Stering. O debate promoveu uma reflexão sobre os desafios e conquistas do fazer artístico na Amazônia e em Rondônia, enfatizando a força transformadora da arte como instrumento de resistência e identidade. As falas das convidadas evidenciaram como a arte cênica pode ser um caminho de desenvolvimento profissional.
Encerramento e Prêmio Xuluca
A programação do III Madeira Festival de Teatro se encerra nesta sexta-feira com o espetáculo “Já Passa das Oito”, do Grupo Wakanbuki. Além da apresentação, a noite marcará a revelação dos melhores do Festival e a entrega do Prêmio Xuluca, uma homenagem de reconhecimento à contribuição para a arte cênica rondoniense. O evento oferece acessibilidade em Libras para garantir a inclusão de todo o público.