O Festival Infantil de Cinema de Animação de Rondônia (FICAR) levou oficinas de animação para a Escola Dr. Oswaldo Piana, em Porto Velho. A atividade foi conduzida pelo cineasta e animador Christyann Ritse, que apresentou a técnica de pixilation, transformando os próprios estudantes em personagens de curtas-metragens.
Aprendizado na prática
A oficina mostrou que a animação pode ser feita de forma acessível, até com um celular. Os alunos aprenderam sobre tempo, espaço e narrativa ao participarem de uma produção coletiva. “O cinema pode ser uma ferramenta acessível, em que os estudantes se tornam protagonistas das próprias histórias”, destacou Ritse, que acumula mais de 15 anos de experiência no audiovisual.
Experiência dos alunos
Arthur Gabriel, um dos estudantes, relatou sua vivência ao atuar em diversos papéis no curta criado pela turma: “Dirigi carro, fui pirata, fiz de tudo. Foi muito legal”. Já Paulo Sérgio ressaltou a novidade da experiência: “Aprendi coisas que nunca tinha pensado em como seria fazer. Foi engraçado e ao mesmo tempo muito legal de atuar e produzir”.
O roteiro criado coletivamente misturou magia, realeza, piratas e até uma bruxa, resultando em uma narrativa marcada pela imaginação dos estudantes.
Cinema acessível e crítica social
Além da oficina, o dia contou com a exibição de 12 curtas nacionais, incluindo duas produções rondonienses: Nazaré: do verde ao barro, de Juraci Júnior, e Planeta Fome, de Édier William, ambas bem recebidas pelo público estudantil.
Para Izadora Jemima, coordenadora do festival, o FICAR vai além de levar cinema às escolas: “Buscamos criar espaços de experimentação e diálogo. Quando os alunos se reconhecem nessas histórias e têm a chance de criar as próprias narrativas, o impacto amplia o olhar crítico sobre a realidade”.
Próximas atividades do FICAR
A programação do festival segue em Porto Velho:
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28 de agosto — Escola Mariana: exibição de animações nos períodos matutino e vespertino.
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29 de agosto — Escola Estudo e Trabalho: exibição de animações no período matutino e, no vespertino, roda de conversa com os cineastas rondonienses Juraci Júnior e Édier William, além de homenagem ao professor e cineasta de animação Marcos Magalhães.