Entre os dias 1º e 10 de agosto, o Parque dos Tanques, em Porto Velho, será palco da 41ª edição do Arraial Flor do Maracujá, um dos maiores eventos de cultura popular da Região Norte. Realizado pelo Governo de Rondônia, por meio da Sejucel, o festival reunirá 35 agremiações entre quadrilhas e bois-bumbás, celebrando a riqueza das manifestações folclóricas do estado.
Fundada em 1993, no Bairro Esperança da Comunidade, zona Leste da capital, a tradicional quadrilha “A Roça é Nossa” é uma das atrações confirmadas. O grupo nasceu da união das quadrilhas Sapezal e Flor da Bananeira, criadas por Fernando Rocha e Dona Liri, com o objetivo de brilhar no Flor do Maracujá. Com mais de 30 anos de história, mantém viva a tradição e o legado de seus fundadores.
Em 2025, a quadrilha apresenta o tema “Made in Nordeste”, que exalta a diversidade cultural da região nordestina. O público poderá prestigiar homenagens a manifestações como frevo, maracatu e bumba-meu-boi, símbolos do patrimônio imaterial brasileiro.
De acordo com Amanda Rocha, presidente da agremiação e filha dos fundadores, a apresentação é um tributo à força cultural nordestina.
“Minha mãe, antes de partir, pediu que a gente mantivesse viva a quadrilha. E com a partida recente do meu pai, reforçamos esse compromisso. A Roça é Nossa vai continuar levando cultura, resistência e memória para a arena”, destacou.
A quadrilha conta atualmente com 72 brincantes, 8 membros na diretoria e 13 coordenadores. Os ensaios ocorrem de segunda a sexta-feira, a partir das 22h30, na Quadra Sérgio Siqueira, localizada na Avenida Mamoré, em Porto Velho. Em 2023, emocionaram o público com o tema “Saudade: Meu Remédio é Cantar”, uma homenagem ao fundador Fernando Rocha.
A tradição se estende também à versão mirim da quadrilha, a Roça é Nossa Mirim, criada em 2007, a partir do desejo de pais em ver seus filhos dançando. Desde então, tornou-se celeiro de talentos, conquistando dois títulos do Flor do Maracujá (2018 e 2019) e vitórias em outros arraiais locais. O grupo mirim conta hoje com 25 pares, mantendo viva a cultura junina entre as novas gerações.