A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta terça-feira (25), o 11º Boletim Prohort, que indica queda nos preços da cenoura nos primeiros quinze dias de novembro. Segundo o relatório, o recuo está associado ao maior volume enviado por Minas Gerais, principal produtor nacional, para as principais Ceasas do país.
O comportamento observado em novembro contrasta com outubro, mês em que as cotações apresentaram variações distintas entre as Centrais de Abastecimento. Em Curitiba, por exemplo, houve alta de 39,02%, enquanto Rio de Janeiro (-17,01%) e Rio Branco (-16,56%) registraram reduções expressivas. No geral, outubro foi marcado por estabilidade quando comparado a setembro.
Alface mantém trajetória de queda
A alface apresentou queda na média ponderada de preços pelo terceiro mês consecutivo:
- Agosto: -8,77%
- Setembro: -16,01%
- Outubro: -7,27%
A Conab destaca que a oferta elevada e a menor demanda, especialmente em cidades com temperaturas mais baixas, como Curitiba, contribuíram para o barateamento da folhosa.
Banana e mamão também ficam mais baratos
A banana registrou queda de 4,14% na média ponderada em outubro, impulsionada pela maior oferta da variedade prata proveniente do norte de Minas, meio-oeste baiano, Vale do Ribeira (SP) e Ceará. Já a banana nanica manteve oferta reduzida pelo segundo mês consecutivo.
O mamão iniciou outubro em alta, devido à demanda aquecida e menor oferta. No entanto, a partir da segunda quinzena, os preços recuaram com a melhora da oferta e redução da procura. No fechamento do mês, houve queda de 5,05% frente a setembro.
Cebola, batata, tomate, laranja, maçã e melancia sobem
Alguns produtos apresentaram movimento contrário:
Cebola
Após meses de redução, a cebola voltou a subir, com aumento de 12,24% na média ponderada. O aumento de apenas 2% na oferta não foi suficiente para conter a demanda.
Batata
A batata teve alta de 19,35% na média ponderada. Somente a Ceasa de Santa Catarina registrou queda (-4,63%). Em Curitiba, a elevação chegou a 41,66%.
Tomate
O tomate subiu 3,97% na média nacional. A maior oferta na segunda metade de outubro ajudou a desacelerar o avanço, que já mostra sinais de acomodação no início de novembro.
Laranja
Os preços da laranja tiveram alta de 4,3%, influenciados pela menor oferta no início de outubro.
Maçã
A maçã apresentou pequenas altas devido à redução dos estoques em câmaras frias.
Melancia
A melancia registrou alta com a transição das regiões produtoras: fim da colheita em Tocantins e Goiás e aumento da oferta da Bahia e São Paulo. A demanda, porém, oscilou em função das chuvas.
Exportações de frutas seguem em alta
Entre janeiro e outubro, o Brasil exportou 1,07 milhão de toneladas de frutas — alta de 31,5% frente ao mesmo período de 2024. A receita somou US$ 1,19 bilhão, crescimento de 13,47%.
A Conab destaca bom desempenho especialmente em mercados da Europa e Ásia.
Ceasas como eixo logístico
A seção Destaques das Ceasas reforça o papel estratégico das Centrais de Abastecimento na logística alimentar brasileira, que concentram grande parte da comercialização de hortigranjeiros consumidos no país.
Os dados do boletim são coletados nas Ceasas de: São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, São José, Goiânia, Recife, Fortaleza e Rio Branco.









































