A produção rural de Porto Velho segue em ritmo acelerado, mostrando que o campo é um dos grandes motores do desenvolvimento econômico e social da capital rondoniense. Mais do que números, os dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM 2024) e do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA 2025), divulgados pelo IBGE, revelam histórias de famílias que vivem da terra, cultivam com dedicação e ajudam a colocar alimentos de qualidade na mesa dos porto-velhenses.
De norte a sul do município, a agricultura familiar vem se fortalecendo com trabalho, tecnologia e fé. A mandioca, símbolo da resistência e da tradição, continua entre as culturas mais importantes, com 169.906 toneladas produzidas em 8.660 hectares, alcançando um rendimento médio de 19.620 kg por hectare. Boa parte dessa produção é transformada em farinha, alimento que ultrapassa fronteiras e chega até outros estados, como o Acre, onde produtores compram a mandioca cultivada em Rondônia.
Outro destaque da produção em Porto Velho é a piscicultura, que em 2024 registrou mais de 1,7 milhão de quilos de peixes abatidos, com destaque para o tambaqui, orgulho rondoniense. Já culturas como o cacau, o cupuaçu e o café clonal irrigado vêm crescendo com o apoio de novas tecnologias, abrindo caminho para uma agricultura mais sustentável e lucrativa.
“Por trás de cada número há uma história de esforço e superação. São famílias que acordam antes do sol, enfrentam desafios e acreditam no poder da terra. A agricultura é mais que uma atividade econômica, é a vocação do nosso povo”, destacou o secretário municipal de Agricultura, Rodrigo Ribeiro.
E é justamente para valorizar esse trabalho que nasce a Agrotec – 1ª Feira Tecnológica de Agroindústria e Agricultura Familiar, que será realizada de 27 a 30 de novembro, no Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O evento será uma grande vitrine para mostrar o que Porto Velho tem de melhor — produtos cultivados e transformados por homens e mulheres que mantêm viva a tradição do campo, ao mesmo tempo em que abraçam a inovação e as boas práticas de manejo sustentável.
A produtora rural Maria Ivete dos Reis, do distrito de Vista Alegre do Abunã, é um exemplo dessa força.
“A gente planta com amor e trabalha com fé. Ver a mandioca que a gente colhe virar farinha e chegar à mesa de tanta gente é motivo de orgulho. A Agrotec vai mostrar que o pequeno produtor tem muito a contribuir com o desenvolvimento de Porto Velho”, contou emocionada.
Com o olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na terra, a agricultura de Porto Velho segue se consolidando como um pilar do desenvolvimento sustentável, unindo tradição, inovação e o trabalho de quem acredita que o campo é — e continuará sendo — o coração pulsante da capital rondoniense.








































