O município de Sorriso, no norte do Mato Grosso, teve o maior valor da produção agrícola do Brasil em 2024, alcançando R$ 7,2 bilhões. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025. A liderança de Sorriso é resultado, principalmente, do cultivo de soja e milho.
Apesar de não ser a maior produtora de soja em volume — título que pertence a São Desidério, na Bahia — a cidade se destaca na produção de milho e ocupa posições de destaque para feijão e algodão.
Destaques no ranking de cidades
O levantamento do IBGE aponta que oito das dez cidades com maior valor de produção agrícola têm a soja como principal cultura. As exceções são Sapezal e Campo Novo do Parecis, ambas no Mato Grosso, impulsionadas pelo cultivo de algodão.
Confira as dez cidades com maior valor de produção agrícola:
Sorriso (MT): R$ 7,2 bilhões (Soja)
São Desidério (BA): R$ 6,6 bilhões (Soja)
Sapezal (MT): R$ 5,9 bilhões (Algodão herbáceo)
Campo Novo dos Parecis (MT): R$ 5,2 bilhões (Algodão herbáceo)
Cristalina (GO): R$ 5,1 bilhões (Soja)
Formosa do Rio Preto (BA): R$ 4,2 bilhões (Soja)
Rio Verde (GO): R$ 4,9 bilhões (Soja)
Nova Ubiratã (MT): R$ 4,6 bilhões (Soja)
Diamantino (MT): R$ 4 bilhões (Soja)
Nova Mutum (MT): R$ 4 bilhões (Soja)
Ranking de estados e a influência do clima
O domínio do Mato Grosso, que possui seis cidades na lista das 10 maiores, reforça seu status de principal celeiro do país. O estado respondeu por 15,4% do valor total da produção agrícola nacional, contra 15,1% de São Paulo, o segundo colocado.
A diferença entre os dois estados, que era de 5 pontos percentuais em 2023, caiu para apenas 0,3 p.p. em 2024. O IBGE explica que essa mudança se deve à queda na produção de soja e milho no Mato Grosso e ao aumento da produção de laranja e café em São Paulo. O Paraná, por sua vez, caiu da terceira para a quinta posição, afetado por problemas climáticos em sua safra.