O governo de Rondônia concluiu a primeira edição da pesca manejada de 2025 no Rio Cautário, entre os dias 15 de agosto e 3 de setembro. A ação resultou na captura de 160 pirarucus invasores, totalizando mais de 9 toneladas de pescado, cuja comercialização gerou mais de R$ 90 mil em renda, repassada integralmente às famílias comunitárias participantes.
A atividade foi organizada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC) e da Coordenadoria de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Colmam). O processo contou ainda com parceria de um frigorífico, responsável por fornecer estrutura de apoio com câmara fria e mais de 260 sacos de gelo, assegurando a qualidade do pescado até a comercialização.
Sustentabilidade e desenvolvimento
O manejo do pirarucu, espécie invasora que ameaça o equilíbrio ambiental da região, tem duplo objetivo: preservar a biodiversidade e fortalecer a economia extrativista.
O governador Marcos Rocha destacou a importância da iniciativa. “A pesca manejada é uma ação que une preservação e desenvolvimento. Combatemos a presença do pirarucu invasor e, ao mesmo tempo, fortalecemos a renda das famílias que vivem do extrativismo.”
Protagonismo comunitário
A analista ambiental da Sedam, Chirlaine Varão, ressaltou a participação das comunidades: “O diferencial dessa pesca manejada é a atuação ativa dos extrativistas em todas as etapas. Isso garante sustentabilidade, respeito às normas ambientais e protagonismo local.”
Modelo de conservação
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, afirmou que a pesca manejada no Rio Cautário representa um marco para a conservação em Rondônia. “Esse trabalho vai além da captura do peixe. É um modelo sustentável que une ciência, organização comunitária e políticas públicas, criando novas perspectivas econômicas para as famílias extrativistas”, disse.