A safra de café de 2025, com 96% da colheita concluída, está estimada em 55,2 milhões de sacas, um crescimento de 1,8% em comparação a 2024. A informação foi divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu 3º levantamento. Este resultado surpreende, já que 2025 é um ano de bienalidade negativa para a produção do grão.
A melhora na produtividade, que subiu de 28,8 para 29,7 sacas por hectare, foi um dos principais fatores para o aumento. A área total dedicada à cafeicultura, incluindo as espécies arábica e conilon, cresceu 0,9%, chegando a 2,25 milhões de hectares.
Diferenças entre as espécies e destaques regionais
A produção de café arábica teve uma queda de 11,2% em comparação com a safra anterior, atingindo 35,2 milhões de sacas. A redução é atribuída à bienalidade baixa e à diminuição da área de produção, especialmente em Minas Gerais, o maior produtor do país, onde a seca impactou as lavouras.
Já o café conilon registrou um forte crescimento de 37,2%, com uma produção estimada em 20,1 milhões de sacas. O resultado é justificado pela regularidade climática em regiões como o Espírito Santo, que concentra 69% da produção nacional de conilon e teve um aumento de 40,3% na colheita. Rondônia também deve registrar um aumento significativo de 10,4%, com uma produção de 2,3 milhões de sacas.
Exportações e mercado
As exportações brasileiras de café nos primeiros sete meses de 2025 somaram US$ 9 bilhões, um aumento de 44,1% em relação ao ano anterior e o maior valor já registrado para o período. A alta dos preços internacionais do grão impulsionou o crescimento em valor, mesmo com a redução de 16,4% no volume exportado. Essa queda era esperada devido aos estoques internos mais baixos e à limitação da produção de arábica na safra atual.