Rondônia atingiu, em julho, o maior volume de exportação de carne bovina da história com 28 mil toneladas e movimentou US$ 144 milhões, ocupando o posto de líder da região Norte e 5º maior exportador do país.
A quantidade exportada representa um aumento de 16% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O maior comprador da carne de fornecedores rondonienses no período foi a China, seguida dos Estados Unidos, México, Rússia e Filipinas, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Mesmo diante do tarifaço dos Estados Unidos que taxou em 50% a carne brasileira, o pecuarista ainda tem o boi mais barato do mundo e outros mercados aquecidos, o que mantém a exportação e a lucratividade em alta nos próximos meses, avalia o pecuarista e diretor comercial da Estância Bahia Leilões, Guilherme Tonhá.
“A exportação teve recorde histórico em julho. Temos o boi mais barato do mundo, e uma alta demanda e outros mercados sendo abertos, como é o caso da Indonésia, que é uma das maiores populações do mundo. Isso só aumenta a nossa chance de escoar a nossa carne para fora”, explica sobre o impacto da taxação.
Na prática, a medida impactou diretamente no preço da carne nos EUA e no aumento da inflação. Com um rebanho de aproximadamente 18 milhões de cabeças em Rondônia, conforme dados da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), a tendência é a redução do estoque de carne do mercado interno.
“O mercado está muito próximo de ter uma inversão de ciclo, onde a demanda vai ser alta e vai faltar o bezerro no mercado, pelo alto abate de fêmeas que vem acontecendo há mais de dois anos e meio. Então é o momento de estancar esse abate e ter uma retenção de fêmeas. Acredito que, em 2026, o bezerro vai mudar o patamar de preço e vai subir muito, com isso vai arrastar o preço do boi também. Já é o momento de comprar gado e estocar arrobas”, avalia Tonhá.
A qualidade da carne produzida em Rondônia é um diferencial competitivo no mercado internacional, resultado direto dos investimentos em melhoramento genético, com destaque para a raça Nelore, e de grandes projetos voltados ao aprimoramento racial do gado, que garantem maior desempenho e produtividade.
Com mais de 30 anos de experiência no mercado de leilões, pecuária de gado de corte e de reprodução, com alto valor genético, Guilherme aposta que esse momento de comprar o gado aquece também a comercialização de animais.
“Somente em 2025, já comercializamos mais de 7 mil animais de genética, entre touros e matrizes. Nosso diferencial está na oferta de genética superior, sempre prezando pelo sucesso de nossos parceiros, sejam eles compradores ou vendedores”, destaca o diretor comercial da Estância Bahia, Guilherme Tonhá.
A Estância Bahia Leilões está presente em Rondônia desde 2015, onde comercializa as marcas Jaburi, Nicomar, Ripec e Moquem. A forte atuação em leilões de genética de reprodução também contempla alguns dos maiores eventos do Brasil, como o emblemático “Leilão 1000 Touros e 1000 Fêmeas”, reconhecido como o maior do mundo no segmento de genética zebuína, que reúne animais do projeto Nelore Grendene, recentemente adquirido pela JBJ Investimentos.
Sobre a Estância Bahia
Fundada em 1991, a Estância Bahia é uma das empresas líderes em leilões de gado de corte no Brasil. É reconhecida pela realização de grandes eventos, atuando tanto no gado comercial quanto em leilões de genética de produção. Realiza mais de 300 leilões por ano, com cerca de 10 milhões de animais já comercializados e mais de 10 escritórios em diversos estados.