A apicultura e a meliponicultura estão em expansão no estado, impulsionadas pela organização do setor e pelo incentivo do governo de Rondônia. O cadastro realizado pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) já contabiliza 169 apicultores em 268 propriedades rurais, somando cerca de 3,3 mil colmeias, com produção anual estimada em 48 mil quilos de mel.
O programa faz parte do Plano Nacional de Saúde das Abelhas, que em Rondônia é coordenado pela Idaron. O objetivo é estruturar a cadeia produtiva, orientar políticas públicas, garantir a sanidade das colmeias e promover novas oportunidades de mercado.
O cadastro é gratuito e pode ser feito em qualquer unidade da Idaron. Para formalizar o registro, o produtor precisa apresentar documento de identificação, CPF ou CNPJ, comprovante de residência e informar número e localização das colmeias.
Entre os benefícios estão a organização do setor, melhores condições para defesa sanitária, além de orientação técnica permanente. Com os dados atualizados, a Idaron consegue mapear áreas de produção, adotar medidas preventivas e agir rapidamente em casos de suspeita de doenças.
Sustentabilidade e geração de renda
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou a importância da cadeia produtiva do mel. “As abelhas desempenham papel essencial na polinização das lavouras e na preservação da biodiversidade. Ao fortalecer o setor, o governo investe em sustentabilidade e na geração de renda para os produtores”, destacou.
Para o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, a adesão dos criadores ao cadastro é fundamental. “Cada produtor cadastrado contribui para a proteção das abelhas, a prevenção de doenças e a valorização da produção de mel em Rondônia.”
Produção em expansão
Além dos apicultores, a Idaron registra 89 meliponicultores em 104 propriedades, com 869 colmeias de abelhas nativas sem ferrão (ANSF), responsáveis por 919 quilos de mel ao ano.
Cacoal lidera o ranking estadual, com 45 criadores de abelhas com ferrão (Apis) e 20 de ANSF. Em seguida aparece Espigão d’Oeste, com 18 apicultores e 6 meliponicultores. A terceira posição é ocupada por Migrantenópolis, com 13 produtores de Apis.
A expectativa é que, com o avanço da formalização e apoio técnico, a cadeia produtiva continue crescendo, consolidando Rondônia como referência na produção de mel na região Norte.