A Prefeitura de Porto Velho iniciou o processo de seleção e visita técnica às propriedades de pequenos produtores de leite que serão atendidos pelo Projeto Porto Velho Tecnologia (PVHTEC) em parceria com o Sebrae-Rondônia, que tem como foco a melhoria do padrão genético do rebanho leiteiro da capital.
O projeto, que engloba ainda melhorias através da inseminação artificial por tempo fixo (IATF) e fertilização in vitro (FIV), é um dos eixos do Programa Cidade Empreendedora, que é realizado pela Prefeitura com o próprio Sebrae.
No primeiro momento, técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Semagric) avaliam os possíveis beneficiários do programa, que devem possuir o mínimo de conhecimento e estrutura física para obter o resultado desejado. A meta é ampliar a média de 3,4 quilos de leite/vaca para até 25 quilos.
No projeto estão previstos 1.854 procedimentos de Inseminação Artificial por Tempo Fixo e 132 de Fertilização In Vitro, que serão realizados nos animais de 206 propriedades.
De acordo com o secretário adjunto da Semagric, Gustavo Serbino, um protocolo será seguido para que os resultados sejam alcançados na pecuária leiteira em uma mesma área e com baixo investimento pelo produtor. “É genética de ponta e não deve haver perdas. A mineralização, o incremento nutricional e o correto manejo animal promovem um reflexo direto na produção, trazendo ao produtor melhora na renda, sem a abertura de mais pastagens. É um programa sustentável”, explicou.
A expectativa da Prefeitura é contribuir para o aumento da renda dos produtores e beneficiar a produção de agroindústria leiteira. “O melhoramento genético traz vantagens como a organização da propriedade, otimização na utilização da área e a melhoria de manejo. Em curto e médio prazo, trará retorno financeiro ao produtor", completou Gustavo Serbino.
Outra vertente do Projeto PVHTEC LEITE é combater o êxodo rural partindo do princípio que, com mais renda, é possível fixar o produtor rural na terra.
O manejo nutricional é fundamental para a pecuária leiteira, por isso os técnicos da Semagric continuarão levando ao produtor as melhores técnicas de produção do capim BRS Capiaçu, da Embrapa.
CUSTO
O produtor não terá custos se aderir ao projeto, porém deve comprovar que se encaixa nos quesitos exigidos pelos técnicos como trabalhar com suplementação mineral, ter estrutura, já ser da pecuária leiteira e seguir corretamente as indicações de manejo e nutrição.
INVESTIMENTO
O investimento do Projeto é de R$ 500 mil, sendo 50% dos recursos próprios do município e o restante em contrapartida do Sebrae/RO. O projeto tem duração de dois anos e deve ser iniciado em até 90 dias.