O Governo de qualquer nação possui uma estrutura lenta e grande demais para se administrar. Educação, Saúde, Infraestrutura, Segurança…
Cada uma delas, impacta diretamente milhões de pessoas.
O lado ruim de se administrar tantas pontas muitas vezes é que a burocracia acaba se tornando parte do sistema onde todas as decisões são tomadas pela esfera pública.
Ao menos, o lado bom da história é que a tecnologia já está se provando capaz de ajudar o Governo e suas gestões a tomarem decisões mais rápidas e eficientes.
As GovTechs (startups com soluções que podem ser utilizadas pelo Governo) estão criando soluções criativas capazes de tornar as esferas municipais, estaduais e federais muito mais rápidas e dinâmicas.
Diminuindo custos e cortando até 97% de gastos desnecessários. E podendo usar esse dinheiro investindo em setores-chave tanto para o Governo quanto para a população.
Antes de ver a lista das GovTechs, um número rápido: um atendimento presencial e burocrático custa ao governo exatos R$ 43,68… já usando a tecnologia no processo, os custos podem cair para apenas R$ 1,20.
Confira abaixo 5 GovTechs que podem tornar a Gestão Pública mais rápida e eficiente do que nunca:
Linte
A startup é focada em oferecer ferramentas para reduzir tempo e dinheiro gastos na gestão de processos e contratos.
Ela pode ajudar prefeituras a automatizar contratos, acelerar processos de licitações (que demora meses muitas vezes), ofícios e execuções fiscais. Tudo fica armazenado em nuvem para facilitar consultas futuras.
Boostr
A empresa utiliza big data e inteligência artificial para integrar dados de qualquer natureza.
Com base nessas análises, ela fornece insights para gestores poderem tomar decisões melhores durante o seu governo.
Pesquisas sobre segurança pública, problemas na saúde, educação, até mesmo sonegação de impostos ou dados sobre trânsito (se algum carro está em circulação cujo proprietário esteja com a carteira de motorista vencida) ficam à disposição dos gestores públicos.
Isso gera não só uma governança com soluções mais rápidas e bem pensadas dentro de municípios ou estados, como também ajuda na tomada rápida de decisões. Uma vez que pesquisas como essas podem levar tempo.
Mgov
Ela usa comunicação via SMS para aproximar o gestor dos cidadãos.
O diferencial desta solução é que ela alcança uma parcela maior da população (uma vez que muitas não têm acesso à internet, nem as fontes certas para acompanhar as decisões política do seu prefeito ou governador, por exemplo).
A startup também envia avisos importantes e pede a opinião das pessoas sobre temas de interesse público.
BLU365
Esta GovTech ajuda as pessoas a renegociarem suas dívidas. Ela encontra clientes no espaço digital e cria soluções para eles renegociarem ou quitarem seus débitos.
Isso ajuda o Governo a colher tributos atrasados, por exemplo. A empresa também conta com um portal onde incentiva as pessoas a encontrar maneiras de gerar renda extra para quitar suas dívidas.
Importante lembrar: GovTech não é uma startup que nasceu com a missão de ajudar o governo, e sim uma empresa de qualquer segmento (saúde, educação, finanças, etc.) que ajude diretamente gestores públicos com soluções inovadoras.
Startups e Governos já estão se unindo… você vai perder essa chance?
Este mês o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações irá apresentar um projeto sobre o marco legal de startups.
Um porta-voz do MCTIC afirmou à StartSe que “startups são prioridades do governo porque englobam a nova geração de empreendimentos, que fazem parte do novo momento da economia”.
E dentre as propostas do Marco Legal de Startups, o Governo dará uma atenção especial às Contratações Públicas:
“Imagine uma startup que nasceu faz dois anos e tem uma solução que traz eficiência e reduz custos na saúde pública. Ela não pode ser contratada pelo estado, porque é requerido por lei um tempo mínimo de existência e outros critérios que impedem ela de participar de uma licitação”, exemplifica Rodrigo Afonso, presidente do grupo Dínamo, especializado em políticas públicas para startups e têm líderes do ecossistema em seu conselho.
Isso é prejudicial tanto ao ecossistema de startups, que perde um dos maiores clientes que é o poder público, quanto à sociedade como um todo, que não aproveita soluções inovadoras de empresas iniciantes.
Por isso, uma das propostas do grupo que elabora o Marco Legal é criar mecanismos que, sem ferir a legislação atual, permitam que o governo contrate startups. A ideia, em um primeiro momento, é liberar contratações em fase de testes, nas quais a empresa oferece seu serviço ao Estado por um tempo inicial e, em caso de sucesso, o negócio possa ser fechado oficialmente.