Nesta quinta-feira, 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reforça a importância da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio) como ferramenta essencial para a conservação dos biomas brasileiros e o fortalecimento das comunidades e povos tradicionais que tem como principal atividade o extrativismo.
A política, que auxilia na conservação e preservação dos biomas brasileiros, abrange 17 produtos extrativistas, como açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha extrativa, buriti, cacau extrativo, castanha-do-brasil, juçara, macaúba, mangaba, murumuru, pequi, piaçava, pinhão, pirarucu de manejo e umbu.
Em 2024, a política assegurou a comercialização de mais de 26,5 mil toneladas de produtos extrativistas, resultando em um volume financeiro superior a R$ 32,2 milhões, pagos diretamente a 13,5 mil produtores em todas as regiões do país. A iniciativa demonstra, na prática, como a valorização da sociobiodiversidade pode aliar conservação ambiental, preservação dos biomas brasileiros e geração de renda para os povos e comunidades tradicionais.
O Maranhão se destacou como o estado com maior participação, movimentando cerca de 6,5 mil toneladas de produtos, garantindo assim R$ 24,5 milhões em subsídio para em torno de 8 mil extrativistas, majoritariamente vinculados ao extrativismo do babaçu. Outros estados também tiveram participação expressiva na PGPMBio em 2024, como Minas Gerais, Acre, Paraíba e o Amazonas. Além destes, Espírito Santo, Piauí, Mato Grosso e Rondônia marcaram presença com volumes menores, comprovando a capilaridade e a importância nacional da política.
O babaçu (amêndoa) se consolidou como o principal produto apoiado pela PGPMBio no ano passado, com cerca de 6,5 mil toneladas vendidas, e R$ 24,6 milhões transferidos, beneficiando mais de 8 mil extrativistas. Outros destaques incluem Pequi (fruto) com mais de 15 mil toneladas, gerando R$ 1,8 milhão para quase 2 mil extrativistas; Pinhão (fruto) com 1,78 mil toneladas, totalizando R$ 2,7 milhões em apoio financeiro; Mangaba com 967 toneladas e R$ 550 mil repassados e Borracha natural extrativista (cernambi) com quase 350 toneladas e aproximadamente R$ 1,4 milhão para cerca de 850 extrativistas.
O pirarucu de manejo, produto de relevante importância socioambiental, movimentou mais de 40 toneladas, com repasse superior a R$ 325 mil, beneficiando em torno de 200 pescadores manejadores. Produtos como umbu, juçara, buriti, macaúba e andiroba também receberam apoio, demonstrando a diversidade e a importância do extrativismo na manutenção dos modos de vida tradicionais e na sustentabilidade ambiental.
A Conab ressalta que a PGPMBio é um dos mais importantes instrumentos de valorização dos produtos da sociobiodiversidade, atuando para reduzir o desmatamento, preservar a biodiversidade e garantir segurança econômica a milhares de famílias extrativistas. Neste Dia Internacional da Biodiversidade, a Conab reafirma seu compromisso com políticas públicas que unem desenvolvimento sustentável e conservação dos recursos naturais do Brasil.