N. H. M. P., de 25 anos, admitiu em depoimento à Polícia Civil ter planejado o assassinato de E. A. S., de 16 anos, grávida, e cavado a cova para enterrar o corpo da vítima, com o objetivo de roubar o bebê. O crime ocorreu em Cuiabá.
N. confessou ter desmaiado E. com um golpe “mata-leão” e amarrado suas mãos com fios de internet. Mesmo após E. acordar brevemente, N. prosseguiu com o plano, expressando falsas promessas de cuidar do bebê.
A investigação aponta que N. agiu sozinha, planejando o crime e preparando a cova com antecedência. A polícia a indiciará por homicídio triplamente qualificado.
Em coletiva de imprensa, o delegado C. A. revelou que N. alegou ter cometido o crime após sofrer dois abortos, desejando ficar com o bebê de E. A perícia revelou que E. apresentava lesões abdominais e que o bebê foi retirado enquanto ela ainda estava viva. Sacolas plásticas foram usadas para abafar os gritos da vítima, que faleceu devido à perda de sangue.
A precisão dos cortes no abdômen de E. sugere conhecimento técnico, levantando suspeitas sobre a alegação de N. de ser bombeira civil e socorrista. Os outros filhos de N. passarão por exames de DNA para confirmar a filiação.
O crime foi descoberto quando N. e seu marido procuraram um hospital com um bebê recém-nascido, alegando parto domiciliar. A equipe médica, desconfiada, acionou a polícia, que constatou que N. não havia dado à luz.
A mãe de E., que estava desaparecida, compareceu ao hospital, onde o bebê foi encontrado. O corpo de E. foi localizado em uma cova rasa, com sinais de estrangulamento e cortes abdominais.
Mensagens de celular revelaram que N. atraiu E. com a promessa de doar roupas de bebê, pagando pelo transporte da vítima. N. negou a entrada do marido de E. em sua casa, levantando suspeitas sobre suas intenções.