A Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (SESAU/RO) oficializou via portaria publicada na edição suplementar do Diário Oficial do Estado (DIOF) de ontem (06), a criação de uma Comissão Multissetorial para avaliar, de forma detalhada, a proposta de um novo Plano de Carreira, Cargo e Remuneração (PCCR) exclusivo para os médicos da rede pública estadual.
A proposta foi formulada pelo Sindicato dos Médicos de Rondônia (SIMERO) e conta com o apoio do Conselho Regional de Medicina (CREMERO), além de outras entidades representativas da categoria. A medida é vista como uma resposta à crescente pressão da classe médica, que há anos reivindica melhores condições salariais e estruturais para o exercício da profissão no estado.
A comissão, composta por especialistas de diferentes áreas, terá como missão avaliar a viabilidade técnica e financeira do novo PCCR, além de analisar como as alterações propostas podem impactar diretamente a rotina das unidades de saúde. Entre os pontos que serão avaliados estão os reajustes salariais previstos, a adequação das jornadas de trabalho e o equilíbrio orçamentário do estado diante das possíveis mudanças. A comissão também será responsável por identificar riscos operacionais e eventuais vulnerabilidades que possam comprometer a eficiência do sistema de saúde.
Com prazo até 31 de março de 2025 para concluir suas atividades e apresentar um parecer, a comissão poderá convocar reuniões extraordinárias sempre que houver demandas urgentes. As discussões iniciais já sinalizam que o debate será complexo, pois envolve não apenas a valorização salarial, mas também questões relacionadas à qualidade do atendimento prestado à população e à retenção de profissionais em um estado marcado por desafios logísticos e estruturais.
O secretário de saúde de Rondônia, Jefferson Ribeiro da Rocha, destacou na portaria que a “criação da comissão é um passo fundamental para garantir que o novo PCCR atenda às demandas dos médicos sem comprometer a sustentabilidade financeira da pasta. Segundo ele, a intenção é construir um plano sólido e equilibrado, capaz de valorizar a categoria médica e, ao mesmo tempo, garantir a continuidade e a eficiência dos serviços prestados à população”.