Pelo menos, dois projetos de Lei tendo como autores os deputados federais Marcos Rogério (PL -RO) e Márcio Bittar (PL-AC), disputavam no Senado o direito de batizar a Ponte do Rio Madeira em Abunã.

Por Rondônia, Rogério apontou o 8º ex-governador Territorial, “Paulo Nunes Leal”. O político foi responsável pela abertura da BR-364, em 1960. Já pelo Acre, a escolha do empresário Márcio Bittar ficou com o ex-governador, Wanderley Dantas.
Esta semana, o Senado, mas precisamente o setor da Comissão de Educação da casa, anunciou a reprovação de ambos os pedidos. Além disso, mandou arquivar as propostas.
Obra ainda do governo de Dilma Rousseff, a Ponte do Rio Madeira, no distrito de Porto Velho, Abunã em Rondônia, foi acolhida com pelos acrianos. Desde que deixou a condição de território da Bolívia, o Acre não tinha ligação por terra com o país, mas o empreendimento inaugurado em 2021 concebeu o direito, ainda que a construção esteja em solo rondoniense.
Também no páreo pela escolha do nome, o relator da proposta que anulou os projetos de Lei de Bittar e Rogério, o senador e ex-governador de Rondônia Confúcio Moura (MDB-RO) apresentou seu palpite, inclusive delineando uma tese mais plausível e intimista.
Trata-se do nome do ex-governador Jerônimo Garcia Santana. Moura é defensor da escolha do nome parlamentar, morto em 2014. O político, pontua a “atuação de Jerônimo Santana como decisiva no restabelecimento da Ponta do Abunã como território único e soberano do estado de Rondônia.
No final da década de 80, um grupo de acrianos chegou a contestar o direto dos rondonienses. A questão por pouco não terminou em conflito armado, tendo a gestão de Santana como determinante para dar fim aos questionamentos.
Nomes não faltam para batizar a Ponte do Rio Madeira lá no distrito de Porto Velho. O mais aprovado entre todos os moradores, tanto de Rondônia e do vizinho Acre é o do Arcebispo Emérito de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi.
O religioso, falecido em junho 2019, atuou na liderança da Igreja Católica nos dois estados. Seu nome tem muita relevância para as comunidades locais e foi lembrado na época como proposta pelo ex-deputado-federal Mauro Nazif.