Autor: Emerson Barbosa
FOTOS: Arquivo pessoal do presidente Arce
Ao que tudo indica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deverá responder a processos por atos que incitaram a violência e tentativa de golpe apenas no Brasil. Na Bolívia, o nome de Bolsonaro está sendo ventilado na relação do golpe de Estado, deflagrado em 2019. A situação provocou caos entre a população e mortes, logo após o ex-presidente Evol Morales ser forçado por comandantes das Forças Armadas a deixar o poder do país andino. A ex-senadora Jeanine Áñez, atualmente presa é acusada de compactuar com o crime.
A ligação de Bolsonaro ao caso foi exposta pelo presidente Luiz Arce (MAS – IPSP), durante a viagem feita ao Brasil para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Arce disse não ter dúvidas de que existe uma ligação do ex-chefe de estado brasileiro com o golpe de Estado que estremeceu o Estado Plurinacional da Bolívia.
Arce vai além e explica que vai levar o caso com todas as provas investigadas ao conhecimento do petista Lula da Silva.
“Esperamos que o Brasil, com Lula, possa colaborar mais que o governo anterior. Carecemos de informação para confirmar nossas suspeitas, principalmente que o golpe de Estado envolveu muito mais atores e foi plano ilegalmente elaborado”, declarou.
No domingo (8) o presidente boliviano enviou solidariedade ao governo brasileiro após os ataques por bolsonaristas terroristas ao Congresso, Palácio e Supremo Tribunal Federal. “Os fascistas sempre procurarão levar à força o que não conseguiram nas urnas. Nossa solidariedade ao povo brasileiro e ao presidente Lula”, finaliza.