As horas passam e o cenário da pandemia da Covid-19 em Rondônia torna cada vez mais desolador, como os argumentos do governo federal para estabilizar o país frente a crise. Os números de novos casos não cessam. Em meio aos índices de registros confirmados desde a presença da pandemia, em março de 2020, 162.818, acompanham os registros ativos, cerca de 15.703. O subtotal de mortes também impressiona. A pandemia já matou em um ano 3.278 pessoas até o fechamento desta reportagem.
Entre a segunda-feira (8), e a quinta (11), 196 pessoas já haviam perdido a vida para a doença no Estado todo. Para ser mais claro, é como se um avião modelo da Boing 737-800 despencasse do ar e na queda não escapasse nenhum passageiro, tal é a fatalidade.
Há pouco mais de um mês, o sistema de saúde de Rondônia colapsou. No Estado de 1,7 milhões de habitantes não UTI para socorrer aos doentes, o ultimo recurso para estabilização da vida do ser humano. Na quinta, 141 pessoas aguardavam o surgimento de um leito de UTI em todo o Estado.
A situação é tão preocupante que o governo estadual foi denunciado esta semana a justiça, depois que o Ministério Público (MP/RO), acusou verbalmente o governo de omissão, quanto as suas responsabilidades no enfrentamento da pandemia.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rondônia, identificaram em fevereiro, três novas cepas do coronavírus circulando no Estado. Com isso, a pesquisa revelou que a cada pessoa infectada pode transmitir o vírus para outras 110, ou seja, o poder de infecção aumentou.