No início de fevereiro, a Polícia do Rio Grande do Sul juntamente com a Receita Federal (RF) aprendeu em torno de 26 kg da “cocaína negra”. Em abril de 2020, o produto já havia sido apreendido por agentes da Divisão Estadual de Narcóticos (Deanarc/AM), os 40 Kg estavam no porão de um barco no Estado do Amazonas, acondicionados em saquinhos de açaí.
A Polícia Federal (PF) já sabe que o entorpecente tem como epicentro o Estado de [Loreto], localizado no Nordeste do país, na Amazônia Peruana. No Brasil, os nacortraficantes usam a cidade de Manaus, no Amazonas para mandar o produto para outros países, onde a cocaína é comercializada com valores que variam em torno de R$ 30 a R$ 35 mil, de acordo com a quantidade.
Os 26 quilos de cocaína negra aprendidos na cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul foram mandados por meio dos Correios. O dono da droga um colombiano foi preso quando tentava receber o produto. A cocaína foi avaliada em R$ 6 milhões de reais. Segundo a Polícia, a droga entrou no Brasil pela fronteira com a Colômbia, utilizando o Rio Solimões no Amazonas, conhecido entreposto de cocaína internacional.
Desde então, a Polícia Federal, vem buscando informações que levem ao que está sendo chamado de um novo “sistema de comercialização” de cocaína, em território brasileiro. A “cocaína negra” como é chamada, não apresenta odor, e é indetectável a teste preliminar, utilizados pela própria Polícia.
Na tentativa de enganar a fiscalização, os traficantes costumam transportar o produto de forma que ele fique “emborrachado”. O Departamento de Narcóticos do Amazonas, informou que já existe uma investigação em conjunto com a Polícia Federal do Peru, para identificar os laboratórios que estão fabricando a cocaína negra.
Os cartéis, segundo a Polícia Federal vêm aperfeiçoando a fabricação da droga, com produtos químicos que modificam a coloração, e desta maneira confundindo o trabalho da Polícia na atuação do combate ao tráfico de drogas.
A identificação da cocaína negra, segundo o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, tem um processo mais difícil, algo que somente ocorre com a realização de exame laboratorial, diferente da pasta base, que ao ser confrontada ao exame “narcoteste” muda a coloração para azul”, explica.
Outra descoberta é que a cocaína negra por não emitir cheiro, cães farejadores não conseguem detectá-las. Exames apontaram na cocaína negra a existência de carvão, grafite, e tíner, ingredientes bem mais prejudiciais à saúde.
Com informações do site a Crítica.