Em 2017, um levantamento feito pela Sociedade de Portos e Hidrovias (Soph) de Rondônia, calculou que em média, 50 toneladas de “restos de madeira” eram retiradas de pontos estratégicos do Rio Madeira em Porto Velho.
Em 2021, a cena volta a se repetir. Só que desta vez, pela quantidade de chuvas que vem caindo nos principais rios da Bolívia e que deságua no Rio Madeira. A quantidade dessas chuvas faz com que troncos, que até então ficavam presos aos barrancos e dentro da mata se desprendessem.
O excesso de restos de madeira acumulado, segundo a Defesa Civil, estaria associado ao rompimento, de uma das “das bóias de segurança”, da Usina de Jirau, o que fez com o material excedesse e descesse de uma vez.
O sistema de capitação mencionado é na verdade o “logboom”. Não necessariamente, o equipamento capta todo o resto de madeira, mas o direciona para que siga o seu trajeto normal.
No Porto do Cai N’Água, à entrada de um igarapé acabou concentrando esse material. A quantidade impressiona e inclusive a Defesa Civil faz um alerta aos navegadores. “É preciso ter bastante cuidado com esses troncos, mesmo aqueles navegantes mais experientes”, destaca o coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, Rogério Felix.
Mas esse excesso de madeira não combina com a navegação. “Soltam tudo de uma vez e nós praticamente não conseguimos navegar”, explica Ednilton Pereira.
Segundo a Defesa Civil, o órgão já estaria em contato com a Usina de Santo Antônio para que contribuísse na retirada do material nesta parte da cidade.