Autor: Emerson Barbosa
Uma mensagem acompanhada de uma foto da filha de 11 anos marcou a despedida da advogada C.de O. P, 31 anos. No dia 22 de abril, a jovem alugou um quarto de um hotel na capital e de lá, segundo a polícia teria atentado contra a própria vida. A informação dada por amigos próximos é que a vítima sofria de depressão e já havia pretendido um autoextermínio dias antes.
Considerada o mal do século, a depressão vem arrasando a vida de milhares de pessoas no mundo. Segundo levantamento médico, a condição psiquiátrica crônica está associada com influência genética, com maior chance de ser herdada dos familiares. Outro diagnostico são por fatores sociais, como desigualdade social, pobreza, desemprego e violência urbana. Também está atrelada a (maus tratos na infância e até a fatores climatológico).
Em muitos casos, a doença quando não tratada com especialistas da área de saúde médica acaba levando a pessoa que sofre do problema a desenvolver outros transtornos que pode resultar em um ato autodestrutivo. É importante manter atenção nas pessoas. Para os especialistas essa simples tarefa de observar o próximo ao seu redor pode evitar uma tragédia. Exemplo disso ocorreu com dois familiares da nossa personagem que pediu descrição na divulgação da sua identidade. Ambos partiram em consequência da depressão.
A jovem esclarece um detalhe que implica no trabalho da imprensa ao divulgar fatos de suicídio, inclusive se mostra preocupada quando jornalistas informam detalhes da morte, o que os manuais de jornalismo já enxergavam como um desserviço à comunidade.
“É um assunto delicado e que muita gente não tem a noção da proporção negativa tem na internet, com notícias que tratam do suicídio. Recentemente perdi uma tia e um irmão que cometeram autoextermínio. Na morte do meu irmão, houve algumas publicações de sites de notícias do estado do qual diziam o método como feito, onde foi feito. Isso não é legal. Não é uma coisa que acrescenta coisas boas, somente traz coisas ruins”, explica.
Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade, apontou Porto Velho Rondônia, com a 10ª taxa de mortes por suicídio do país para cada 100mil/habitantes.
O maior número dos registros de morte foi verificado em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, com uma taxa de 9,65%. Caso esteja vivendo momentos de altos e baixos, atrelados a depressão, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), ligando para o número 188 que funciona 24 horas, de segunda a segunda.