A contramão das votações recentes no Congresso Nacional, que buscam limitar a influência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Hoje Milton Fornazieri foi exonerado do cargo de secretário de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A portaria de sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União.
Essa é uma das vitorias da direita no Congresso Nacional. Na semana passada o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o grupo invasor de terras – MST para integrar a equipe que elaborará o Plano Safra da Agricultura Familiar (Pronaf) do ciclo 2024/2025. O programa deve disponibilizar mais de R$ 70 bilhões para pequenos agricultores.
A mudança ocorre em mais uma ação desastrosa do PT, em um momento delicado para o ministério, comandado pelo petista Paulo Teixeira, que enfrenta uma controvérsia e no mínimo estranha envolvendo um leilão suspeito de arroz. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada diretamente à secretaria de Fornazieri, adquiriu 263 mil toneladas do grão de empresas em um mercado em Macapá. Mas como tudo nesse desgoverno sempre tem seu jeitinho, Fornazieri ainda permanece no conselho de administração da companhia.
Segundo o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL/RO), na contra mão do congresso esse desgoverno chama o MST para tratar dos assuntos de agricultura familiar e assuntos correlacionados. “O MST é um grupo criminoso, eles não tem terra, vivem invadindo as fazendas produtivas. Não concordo, eu repudio essa ação”. Afirmou o Deputado.
De acordo com o governo do PT, a compra visa repor o arroz perdido pelas chuvas no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do grão. A quebra de safra e a perda do arroz armazenado em silos inundados o que nada foi comprovado, os produtores gaúchos minimizam o risco de desabastecimento, pois a colheita havia sido feita antes da inundação pelas chuvas, atualmente a safra gira em torno de 11 milhões de toneladas anuais.
Há duas semanas, a Câmara aprovou um projeto de lei – PL, que impede invasores de terra de participarem de programas assistenciais como o Minha Casa, Minha Vida. A matéria ainda será analisada pelo Senado.