Com o início do maior evento relacionado ao meio ambiente e as mudanças climáticas, COP-28, que este ano acontece, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. As autoridades mundiais, são obrigadas a ouvir o que muitas não desejariam: como estão agindo com as obrigações impostas pelas INDCs, práticas de mitigação de gases do efeito estufa em seus países?
Com Lula, o Brasil disse que não iria a COP-28 ser apontado, mas mostrar os resultados e cobrar as outras autoridades mundiais do dever. “O Brasil ajustou a sua INDC e se comprometeu reduzir em 48% as emissões até 2025, e 53% até 2030. Além de atingir a neutralidade climática até 2050. Nossa INDC é mais ambiciosa do que a de vários países que poluem a atmosfera desde a Revolução Industrial, no século XIX”, disse.
De Rondônia, uma das maiores autoridades no que tange a proteção do meio ambiente e indígenas, Ivaneide Cardozo, da Associação Etnoambiental Kanindé, também marca presença nos Emirados Árabes Unidos. No sábado, 02/12, Txai Surui (Walela) e Ivaneide participarão de uma maratona de eventos por lá. Em entrevista ao jornalismo do News Rondônia, Cardozo, foi questionada de como enxergou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura, nesta sexta 1/12.
Para a indigenista, ambientalista, ativista e coordenadora da Kanindé, Lula trouxe em sua fala pontos positivos, principalmente no campo político e ambiental. O perigo é como o chefe da maior nação da América Latina, vai digladiar com setores do meio político, que defendem o desmatamento na Amazônia e o fim de territórios indígenas. “Ele (Lula) fez o que já se esperava, um discurso politicamente e ambientalmente correto. À pergunta que fica é: “com um Congresso promovendo retrocessos nas leis ambientais, liberando venenos e votando contra a demarcação de terras indígenas, como o Brasil vai cumprir as metas?”, indaga.