"Ou a gente fica pobre junto ou se unimos para ficarmos ricos juntos!". A frase é do ex-governador de Rondônia, Daniel Pereira ao apresentar um "Estudo de viabilidade Econômica entre Rondônia (Brasil) e Beni (Bolívia)" durante audiência pública realizada hoje (25) pela Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) para debater o projeto de criação de um posto alfandegário na região de Costa Marques.
Durante sua a sua explanação, Daniel Pereira que é atualmente Superintendente do Sebrae-RO ressaltou que existe uma "picuinha" entre Costa Marques e Guajará-Mirim e assim acontece com Guayaramerín e outras cidades bolivianas. Segundo ele, esse processo histórico-cultural tem prejudicado a economia da região.
Pereira citou alguns produtos a serem importados da Bolívia como o Sal e Uréia (proteína para o gado/fertilizante agrícola). Por outro lado, comentou dos produtos a serem vendidos à Bolívia como calcário, combustível, máquinas e equipamentos para a agricultura, derivados de leite (manteiga, soro de leite, leite em pó).
"Rondônia produz muito mais leite que o Peru. O Peru compra leite da Nova Zelândia e repassa para a Bolívia. Nós temos condições de vender diretamente para a Bolívia (…) Tem espaço e comércio para todo mundo!", disse Pereira.
Pereira destacou ainda as potencialidades dos turismo com destaque para a pesca esportiva, etnoturismo, religioso como festa do Divino e Fiesta del Gran Poder, além do histórico como Forte Príncipe da Beira, Estrada de Ferro Madeira Mamoré e a Vila Bela da Santíssima Trindade.
"Proponho criar o maior corredor de pesca do planeta por meio da exploração do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e vamos incluir também os nossos irmãos bolivianos! Cabe todo mundo! Cabe ao pessoal de Porto Velho, de Costa Marques, de Guajará-Mirim e todo o Vale do Guaporé!", acrescentou.
Na visão do ex-governador, para a viabilidade do projeto de construção da Alfândega em Costa Marques, é preciso vencer alguns processos burocráticos como definir local, problemas de acesso, autorizar a instalação de recinto alfandegado, garantir a instalação e funcionamento permanente da Receita Federal (RFB), Polícia Federal (PF), Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), ANTAQ e Marinha do Brasil. Mais do que isso, a efetiva política pública do Ministério das Relações Exteriores.