Ontem (10) a Câmara dos Deputados rejeitou a polêmica Proposta de Emenda à Constituição 135/19 (PEC) do Voto Impresso. A matéria obteve 229 votos favoráveis pela rejeição, 219 contrários e uma abstenção. De Rondônia, todos os deputados votaram “Sim”, ou seja, para que o sistema fosse obrigatório o uso de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor em eleições, plebiscitos e referendos. No entanto, após a votação, os parlamentares estão evitando comentar ou repercutir a derrota.
O News Rondônia visitou os principais perfis nas redes sociais (Twitter, Instagram e Facebook) dos deputados Mauro Nazif (PSB), Expedito Netto (PSD), Léo Moraes (Podemos), Silvia Cristina (PDT), Lucio Mosquini (MDB), e constatou que o assunto “PEC” não ganhou destaques em suas comunicações com os internautas. Já os deputados Coronel Chrisóstomo (PSL), Jaqueline Cassol (PP) e Mariana Carvalho (PSDB) fizeram menção, mas sem muitos alardes.
Léo Moraes enalteceu outro assunto: A privatização da Eletrobras. Antes, porém, o parlamentar informou aos seus seguidores que votaria “sim” pela PEC do Voto Impresso.
Outro que evitou repercussão foi Expeditto Netto. O parlamentar postou uma fotografia com membros da bancada do seu partido, o PSD, e horas antes de apertar o botão do “sim”.
Lúcio Mosquini seguiu a linha dos demais. De publicação, apenas uma fotografia onde confirma o “sim” no crivo do plenário.
A jornalista e deputada Silvia Cristina preferiu falar em agendas institucionais, datas comemorativas e obras de um centro de reabilitação.
Já no perfil de Mauro Nazif, destaque apenas para anúncio de entrevista em uma rádio local. Ele foi duramente criticado por internautas que o aguardavam para recusar a proposta por fazer parte do PSB. Um vídeo sendo enquadrado por manifestantes, no último final de semana durante protesto em Porto Velho, continua repercutindo de norte a sul do país.
Ao contrário dos seus pares, a deputada Jaqueline Cassol fez menção à votação e disse mais: “Estou indignada”. Segundo ela, a “Câmara perde uma grande oportunidade de mostrar que está, realmente, a serviço da população brasileira e rejeita o voto impresso auditável”.
“A matéria teve discursos deturpados dizendo que o voto impresso substituiria o eletrônico, sendo que a proposta prezava, justamente, por garantir o uso da urna eletrônica e mais um mecanismo de fiscalização”, acrescentou.
Coronel Chrisóstomo publicou uma arte informando que votou favorável a matéria. “Eu votei SIM para o Voto Impresso Auditável. Votei sim pelo povo de Rondônia e do Brasil”, defendeu.
Mariana Carvalho publicou um “discreto” registro de sua participação na votação. Sem muitos detalhes, a publicação ganhou alguns comentários de defensores do voto impresso.