Em entrevista ao site News Rondônia, na tarde desta quarta-feira (20), Júlio Olivar anuncia que levará seu nome às convenções do partido Podemos, prevista para o final de julho, para ser candidato a deputado estadual. Estabelecido em Vilhena, mas com forte ligação também com a capital (de onde, inclusive é oficialmente cidadão-honorário) e conhecedor de todo o estado, Olivar é escritor e atual presidente da Academia Rondoniense de Letras.
Ex-secretário de Estado da Educação e superintendente estadual de Turismo, o pré-candidato afirma que sustentará sua campanha em "algo propositivo", diferente das abordagens "tradicionais e cada dia mais rejeitadas pela população, como compra de votos e promessas eleitoreiras".
Júlio Olivar exemplifica que tem propostas claras para "continuar promovendo o nome do estado", como fez na Setur, para atrair investimentos, gerar empregos e renda. Foi sob a gestão de Olivar que Rondônia teve inventariados seus produtos e atrativos turísticos, incluídos no Mapa Brasileiro de Turismo, inclusive tendo sido criada a primeira estância turística do estado, Ouro Preto do Oeste. O festival gastronômico de Cacoal sempre foi apoiado, bem como diversas feiras rurais, de varejo, artesanatos e eventos como o Festival de Praia de Pimenteiras e o apoio dado ao projeto "Porto Velho, capital da pesca esportiva".
Mesmo conduzindo uma pasta com pouca estrutura financeira, sem apoio dos deputados estaduais com emendas e com um quadro de servidores restrito, Júlio Olivar assegurou recursos significativos, em Brasília, para obras como o Centro de Convenções de Porto Velho (mais de R$ 12 milhões), trabalhou em nome do Governo do Estado pelo alfandegamento do aeroporto da capital e deixou o dinheiro (vindo do Ministério do Turismo) e o projeto concluído para a revitalização da Casa de Rondon, em Vilhena.
Em curto espaço de tempo, a gestão de Júlio Olivar conseguiu implantar várias obras nas áreas de cultura, como os centros culturais de Guajará; Memorial Rondon, em Porto Velho; apoio ao Museu de Presidente Médici e aquisição de acervos para outros municípios.
"Entendo que turismo é negócio. Neste sentido, valorizamos a gastronomia, as feiras, fomos pontes em diversos enlaces comerciais inclusive com outros países, além de termos contribuído para implantar o Fórum de Turismo da Amazônia Legal. Promovemos, em escala nacional, a pesca esportiva. Mas, não deixamos de cuidar da cultura. Nunca um governo fez tanto pela memória de Rondônia quanto foi na nossa gestão na Setur. E não falo apenas de museus e memoriais. Zelamos da capela de Santo Antônio, por exemplo. Recuperamos até jazigos de personagens históricos de Porto Velho no Cemitério dos Inocentes. Publicamos livros, vídeos e outros materiais relatando pontos de interesse turístico e culturais de Rondônia. Nossa equipe registrou depoimentos de mais de 300 personagens históricos no Museu Virtual de Gente, que nós fundamos. Nunca houve isso, com a qualidade que nós oferecemos, atendendo, assim, eventos corporativos e institucionais, escolas e turistas que usaram o material que nós fizemos", destaca Júlio Olivar.
Como secretário de Educação, Júlio Olivar foi quem implantou a gestão democrática (eleição para diretores) em todas as escolas. Em um ano, economizou 50% com as despesas de telefone, locações de veículos, estruturas administrativas da SEDUC, o que permitiu construir quadras, refeitórios e reformas em dezenas de escolas. E foi sob a gestão de Olivar que foram abertos os processos de climatização de todas as salas de aula. Também foi ele quem determinou a construção da Escola Murilo Braga (que seria apenas reformada) como protótipo do novo modelo arquitetônico das escolas de Rondônia. Aumentou em 100% os vencimentos dos diretores (que estavam com vencimentos defasados há 15 anos), criou gratificações para professores em sala de aula e nivelou Rondônia ao piso salarial nacional; pagou mais de 5 milhões de reais em licenças convertidas em pecúnias (pleito da categoria); fez o JOER gastando menos que a metade de seus antecessores e sucessores sem abrir mão da qualidade dos jogos, triplicou os recursos para transporte escolar em 52 municípios, fez a legalização fundiária de 70 escolas, contratou centenas de professores emergenciais para áreas de exatas e implantou todas as escolas em tempo integral existentes no estado – inclusive, a premiada Anísio Teixeira fechada por seus sucessores. Não esqueceu dos reeducandos em presídios – melhorando gratificações, adquirindo ônibus, computadores e equipamentos para escolas de presídios.
Se escolhido em convenção para ser candidato a deputado estadual, Júlio Olivar pretende defender as bandeiras do turismo, da cultura e da educação. Mas vai além. Nascido no meio rural, diz que pretende também ser porta-voz dos pequenos agricultores. "Ainda sofremos com a falta de indústrias que absorvam a produção local, principalmente em Porto Velho. A questão dos títulos de terra também precisa avançar. Assim como o apoio aos piscicultores e à agroindústria. Como secretário de educação, iniciei o processo de compra-direta de produtos dos agricultores para a merenda. Em Vilhena, precisamos de um porto-seco, por exemplo, para atender a todo o Cone Sul. Vou ouvir e delinear as ações para a agricultura ouvindo as entidades de classe do setor. Vou instituir o turismo rural e agroecológico, extensivo inclusive à exploração dos parques", afirma.
Outro assunto que Júlio Olivar garante que proporá à sociedade é a instituição da democracia participativa em seu mandato parlamentar. "Hoje, os deputados fazem o que bem entendem. Por isto, há várias entidades filantrópicas abandonadas em detrimento do favorecimento de entidades mantidas por políticos, como currais eleitorais. Na minha futura gestão, quero criar um conselho que definirá o encaminhamento dos mais de R$ 3 milhões em emendas individuais anuais que eu dispor para atender às instituições como guardas-mirins, APAE, as que dão atenção a idosos, deficientes e dependentes químicos".