Na tarde de ontem, uma guarnição da Polícia Militar foi acionada e compareceu em uma loja de calçados na região central de Vilhena, onde uma mulher de 34 anos denunciava que o marido, que é cadeirante, havia sofrido discriminação no estabelecimento.
Ao chegarem ao local, os militares ouviram a denunciante, e ela contou que estava levando um calçado para o marido experimentar, já que o deficiente físico de 39 anos tinha dificuldades para se locomover e havia permanecido no carro. Uma atendente da loja impediu e informou à cliente que nenhum produto poderia sair da unidade sem que o pagamento fosse feito.
A mulher do cadeirante explicou a situação à gerente, a quem solicitou autorização para que o calçado fosse levado ao marido, que o experimentaria no carro, dentro do qual tinha ficado. Ao ter o pedido negado, a denunciante disse ter se sentido “constrangida e discriminada, por não receber atendimento igualitário para o esposo”.
Aos militares que atenderam a ocorrência, a gerente da loja revelou que, somente após ser barrada e impedida de sair com a mercadoria sem pagar, a cliente revelou a condição do marido.
Quando a gerente informou que o comércio não tinha cadeira de rodas disponível para os clientes sem mobilidade, a denunciante passou a filmar o local e prometeu que registraria um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.
A equipe policial constatou que a loja possui rampas de acesso para cadeirantes, e que no porta malas do carro do casal denunciante havia uma cadeira para locomoção, que não tinha sido usada. Todos os envolvidos no episódio foram apresentados na Unisp, onde prestaram esclarecimentos. O caso pode ir parar na justiça.