Em uma noite iluminada pelo brilho da justiça sob as estrelas de Porto Velho, um novo competidor emergiu na infame BR-364. Não se tratava de um corredor comum, mas de um audacioso homem e sua fiel companheira de duas rodas, cuja origem era tão misteriosa quanto as numerações raspadas que adornavam seu motor. Este cavalheiro, em sua indumentária noturna, não estava acelerando pelas vias da zona leste da cidade, mas sim, realizando o ato heroico de empurrar sua moto sob o olhar atento da lua.
Enquanto patrulhavam essa artéria vital da cidade, os atentos guerreiros do BPFron, verdadeiros sentinelas da ordem, avistaram o que parecia ser um peregrino urbano em sua jornada mecânica. Ao se aproximarem, descobriram que não se tratava de uma simples viagem, mas de uma odisseia de adulteração veicular.

Ao investigarem o corcel de metal, revelou-se que sua alma – o motor – pertencia a outra montaria, talvez uma que corresse por pastos mais verdes em tempos passados. A numeração, que deveria servir como seu DNA, havia sido cuidadosamente apagada, como se tentasse esconder seus pecados anteriores.
Diante dessa epopeia de enganos, os defensores da lei não tiveram outra escolha senão convidar o nosso herói para uma visita ao templo da justiça, conhecido entre os mortais como Departamento de Flagrantes. Foi ali que ele teve a oportunidade de contar sua história, uma narrativa repleta de reviravoltas e mistérios mecânicos.
E assim, termina o conto do Grande Prêmio de Empurrões na BR-364, uma história que será cantada por bards digitais e lembrada por todos aqueles que ousam desafiar as normas da identificação veicular. Que essa saga sirva de lição: no grandioso palco da vida, é sempre melhor manter sua moto – e sua consciência – em perfeita ordem.