A execução da Operação Mapinguari, que marca a participação de diversos órgãos públicos estaduais e municipais, visando o cumprimento de decisão judicial para a desocupação do Parque Estadual de Guajará-Mirim, teve início no domingo (13), com a chegada de tropas especializadas da Polícia Militar de Rondônia – PMRO no local em litígio, marcando assim, o início da 2ª fase da Operação, com a execução dos cumprimentos judiciais na área respectiva. Toda a estrutura montada na região, bem como as rotinas da operação já estão em pleno funcionamento.
PRIMEIRA FASE
Um planejamento foi necessário para se chegar na atual etapa, com a realização de planejamentos integrados, que perduraram meses antes do início da Operação em sua 1ª fase, ocorrida em (6) de agosto. Até o dia (13), a respectiva fase visou a instalação temporária de equipamentos e logísticas necessárias para a comunicação na região, bem como recepção da tropa que atuará em apoio aos Oficiais de Justiça, no cumprimento da ordem judicial de desocupação.
Um trabalho de identificação e mapeamento da área invadida foi realizado, sendo confirmado grandes locais de desmatamento, criações de bovinos com mais de 2 mil cabeças de gado e várias moradias. “Dentro da Unidade de Conservação nós iremos cumprir a lei. Existe uma ordem judicial e a Polícia Militar é aquela que apoia a execução realizada pelos oficiais de justiça ostensivamente”, explicou o coronel PM Regis Braguin.
DESOCUPAÇÃO DA REGIÃO
O Comandante da Operação, tenente-coronel PM Adenilson Silva disse que, a Polícia Militar e demais órgãos como Ministério Público, Poder Judiciário, Secretarias de Assistência Social, de Desenvolvimento Ambiental, de Segurança, Idaron, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, dentre outros, já estão apoiando a execução da ordem judicial e espera que a operação continue transcorrendo de forma pacífica e ordeira. Ainda segundo o comandante, a 2ª fase da Operação iniciou com resultados positivos, visto que, cerca de 50% dos invasores já saíram da região, além da retirada voluntária de centenas de gados dos pastos em áreas desmatadas.
As ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de invasores em situação de vulnerabilidade
As equipes policiais militares estão divididas no terreno em bases, das quais todas são compostas por representantes dos órgãos públicos participantes, objetivando uma ação rápida, eficaz e em respeito à dignidade da pessoa humana. “Agiremos com respeito devido junto aos invasores. Contudo, se porventura houver resistência, usaremos a força necessária para apoiar no cumprimento da ordem judicial”, ressaltou o comandante da Operação.
AÇÕES SOCIAIS
As ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de invasores em situação de vulnerabilidade. Ao mesmo tempo em que há o cumprimento da decisão judicial, a Operação realiza um trabalho de acolhimento com a distribuição de alimentação, doação de brinquedos, roupas e calçados, além do direcionamento ao atendimento social junto à Secretaria de Assistência Social do Governo do Estado e prefeituras de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.
DURAÇÃO
Com previsão de aproximadamente 20 dias, a 2ª fase da Operação Mapinguari continuará até o começo de setembro. A expectativa é que a ordem judicial seja cumprida em toda a região em litígio. A partir de então, será iniciada a 3ª fase, buscando a regeneração e a preservação da biodiversidade no Parque, com a presença marcante das forças de segurança pública e órgãos de fiscalização ambiental na região.
MAPINGUARI
A Operação foi nomeada “Mapinguari”, pois é o símbolo protetor das florestas. Uma criatura de apenas um olho, o qual simboliza o controle de um Estado uníssono, sendo vários órgãos estatais mobilizados para o alcance de um único objetivo: de preservação da fauna e flora.