Por redação
Na tarde desta terça-feira (07/03/2023), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação RED FLOOR, que visa combater os crimes de estupro de vulnerável, produção e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil. A investigação, que teve início em dezembro de 2022, resultou na prisão de um homem de 21 anos que abusava sexualmente do seu primo há três anos, desde que ele tinha apenas dois anos de idade.
Com a perícia e análise dos dispositivos eletrônicos apreendidos, foram encontrados centenas de arquivos contendo fotos e vídeos de bebês, crianças e adolescentes sendo abusados sexualmente.
Durante as investigações, foram encontradas conversas entre os abusadores, que combinavam as formas e detalhes dos estupros, além de discutirem maneiras de dopar as crianças com medicamentos e bebidas alcoólicas. O alvo desta segunda fase da operação possuía grande influência nos atos praticados por seu coautor em Porto Velho, e determinava como, quando e onde os abusos deveriam ser cometidos, com a produção dos vídeos e, por vezes, ao vivo através de vídeo-chamadas em aplicativos de trocas de mensagens.
Os mandados de busca e apreensão e prisão preventiva foram exarados pela Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho/RO, e cumpridos por policiais federais da Delegacia da Polícia Federal em Porto Seguro/BA. Durante o cumprimento da medida, o homem foi flagrado armazenando pornografia infantojuvenil em seu aparelho celular, motivo pelo qual também foi preso em flagrante delito, conduzido em seguida para a Delegacia da Polícia Federal em Porto Seguro.
O suspeito será encaminhado ao presídio local, onde ficará à disposição da Justiça e responderá pelos crimes de estupro de vulnerável previsto no Código Penal, compartilhamento e armazenamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. As penas somadas podem chegar a 33 anos de reclusão.
Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão periciados e analisados pela PF em Rondônia, podendo revelar outros crimes praticados pelo investigado.