Autor – Folha Do Sul Online
O site ouviu, na tarde desta quinta-feira, 04, o relato impressionante de uma mulher de 29 anos, que ontem foi vítima de um golpe aplicado através do WhatsApp. A história, que começou de maneira dramática, no entanto teve um final feliz…
Precisando se mudar com urgência após o dono da casa em que mora de aluguel pedir o imóvel, a mulher viu uma outra sendo anunciada para locação na internet. Após conversar com a pessoa que havia publicado o anúncio virtual, a dona-de-casa, que também trabalha em serviços gerais, foi com o marido olhar a residência, nas proximidades da escola Vilma Vieira, em Vilhena.
Imagem Ilustrativa/Reprodução
O casal gostou do imóvel, cuja locação custaria 650 reais por mês. “Ficava perto de escola, do meu trabalho e da igreja onde congrego. Era perfeita para nós”, contou a mulher, que era pressionada pelo locador a pagar adiantado o primeiro mês de aluguel para fechar o negócio, “pois já tem muita gente querendo”, dizia, alegando que a casa pertencia a seu cunhado. A inspeção da casa foi feita pelo homem e a mulher apenas pelo lado de fora, pois o dono “estava de plantão” àquela hora, segundo o anunciante.
Temendo perder a oportunidade, a trabalhadora fez o depósito por PIX e mandou o comprovante para o homem com quem conversava através do WhatsApp. “Mas, quando fiz o depósito, senti um aperto no coração e comecei a perceber que era golpe”.
Na sequência do diálogo, a vítima pressionou o interlocutor: “seja homem é me diga: isso é golpe?”. O outro negou várias vezes que tivesse enganado a mulher, mas após muita insistência dela, confessou: “é golpe, sim, eu vivo disso”.
Bloqueada no aplicativo pelo homem, que chegou a desabafar com ela ao relatar sua vida de crimes, a mulher enganada começou a “interceder” e pediu ajuda às “irmãs” no círculo de oração de sua igreja.
Hoje, o golpista debloqueou a vítima, ligou para ela e começou a conversar novamente, dizendo ter passagens pela polícia e revelando suas cinco prisões por variados crimes. Contou que tem 25 anos e admitiu que comete ações erradas desde que era menor de idade.
A evangélica, então, usou sua fé para “amolecer o coração” do estelionatário, dizendo a ele ter conhecido pessoas piores, algumas até autoras de assassinatos, que “hoje estão na presença de Deus”.
O criminoso, então, após a longa conversa, na qual “se abriu” e falou de sua vida, devolveu R$ 600 e prometeu depositar depois os outros R$ 50, mas usando uma conta que não permitisse sua identificação.
Convicta da intervenção divina para ajuda-la a recuperar a maior parte do prejuízo, a mulher comemora não apenas o recebimento do dinheiro, mas também o fato de “o Espírito Santo de Deus ter tocado o coração daquele rapaz”.