O município de Vilhena tem vivido dias de exceção, com o registro de sete mortes violentas nos primeiros dias de 2022. Também foram registradas pelo menos três tentativas de homicídio com emprego de arma de fogo e uma garotinha foi vítima de bala perdida.
A violência causou uma sensação de insegurança na população e chamou a atenção das autoridades de segurança pública, que deram início estasemana, com foco em Vilhena, mas abrangendo toda a área do Comando Regional de Policiamento III (CRP III), que atende as regiões do Cone Sul, Zona da Mata e Zona do Café num total de 20 municípios, a “Operação Ordo”.
Ontem, no final da tarde, acompanhado do Coronel PM Paulo André Santos Souza, Comandante do CRP III, e do delegado da Polícia Civil Thiago Flores, Diretor do Departamento de Polícia do Interior, o secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, Coronel PM José Hélio Cysneiros Pachá, concedeu entrevista coletiva sobre a Operação Ordo.
“Nós estamos acompanhando toda essa situação e as nossas polícias estão prontas para continuar servindo e protegendo a nossa comunidade. Inclusive, fizemos questão de recomendar ao comandante geral da corporação o envio de parte do efetivo da Força Nacional disponibilizado para o nosso Estado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Então temos aqui desde ontem três viaturas com mais 12 homens da Força Nacional reforçando o policiamento da comunidade”, disse o secretário, que assegurou: “não há motivo para pânico. Esses índices aconteceram de uma forma esporádica e nós estamos aqui para assegurar essa tranquilidade pública para a população”.
Conforme o coronel Paulo André, A Operação Ordo conta com a participação de 81 policiais militares e mais 12 da Força Nacional. Ainda de acordo com Paulo André, 28 policiais militares e mais os 12 da Força Nacional irão atuar em Vilhena nos próximos dias, somando as unidades que já estavam em atividade na cidade.
“Fizemos um planejamento de emprego do efetivo em reforço e a atividade ordinária e desencadeamos a Operação Ordo. que visa justamente conter o recrudescimento dos índices criminais, principalmente os crimes contra a vida”, disse Paulo André, antes de apontar: “também designamos oito policiais para reforçar a Operação Paz no Campo para dar um reforço na zona rural e levar, assim, tranquilidade pública também à comunidade rural do Cone Sul”.
O delegado Thiago Flores falou sobre o andamento das investigações sobre os sete crimes contra a vida ocorridos neste janeiro, e buscou tranquilizar a população.
De acordo com Flores, das sete mortes violentas, seis homicídios e um latrocínio, duas já foram esclarecidas pela Polícia Civil e seus autores foram identificados e presos. “Permanecem então outros cinco casos. Três estão em fase adiantada de investigação, e em dois as investigações ainda estão em fases iniciais”, disse.
Apesar das mortes e tentativas ocorridas na cidade num curto espaço de tempo, Flores pediu que a comunidade permaneça tranquila e confiante nas forças de segurança. “A Secretaria de Segurança, instada a se manifestar, está agindo de maneira pronta, imediata, proporcional e muito forte. A demonstração dessa operação que se inicia hoje é exatamente de que há um governo que está realmente preocupado em zelar pela segurança de todos nós”.
Segundo a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar, esta é a primeira fase da operação, que deve acontecer ao longo de todo o ano.