A motorista de aplicativo Natana da Silva, 30 anos, foi morta durante ‘salve’ do Comando Vermelho em julho de 2020 no bairro Pedregal,em Cuiabá, depois de furtar golpistas e ‘fazer feio’ no bairro, segundo faccionados.
Ela foi espancada até a morte e chegou a receber 70 choques no corpo.
A Polícia Civil deflagrou a Operação Comando da Lei, na manhã desta quinta-feira (09), e prendeu quatro envolvidos no crime. Três deles estavam nas ruas e o outro já estava preso. O mandante do crime não foi encontrado pelos policiais, mas segue sendo procurado.
O delegado Caio Fernando Álvares Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), explicou que os faccionados não aceitam Esse tipo de comportamento da mulher.
“Segundo informações, a vítima estava ‘fazendo feio’ no bairro. Ela estava furtando, aplicando golpes e por isso decretaram sua morte. Ela aplicava golpes nos golpistas. Por exemplo, teve um golpe com transferência em dinheiro na conta dela. Ao invés de repassar o valor para os comparsas, ela ficava com o dinheiro”, explicou o delegado.
“É um crime bastante cruel. Natana foi morta por espancamento e não satisfeitos, conforme laudo de necropsia, ela levou mais de 70 choques elétricos. São as regras desse ‘tribunal do crime’”, emendou.
Natana da Silva foi encontrada pedindo socorro em uma casa do bairro Pedregal. Ela estava bastante debilitada pelos espancamentos, foi socorrida por familiares e levada a um hospital particular de Cuiabá, mas não resistiu aos ferimentos.
O delegado Caio Fernando ainda afirmou que parte dos alvos identificados eram monitorados por tornozeleira eletrônicas e tiveram a presença no local do crime confirmada durante as diligências realizadas.