Um técnico de enfermagem de 49 anos foi preso em flagrante, na madrugada desta quarta-feira (18/3), acusado de estuprar uma paciente de 47 anos, que está em coma e internada na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital, em Ceilândia.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Marques, da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), testemunhas flagraram o homem, em dois momentos, com o pênis ereto, próximo à vítima. “O local onde a paciente estava era encoberto por uma cortina. Por isso, ele se aproveitou da situação. Quem viu o abuso, primeiramente, foi uma funcionária do setor de hotelaria do hospital. Essa prestadora de serviço chamou o chefe da enfermagem, que advertiu o técnico. Então, eles tomaram a providência de abrir a cortina e deixar tudo mais visível”, disse o delegado. “Minutos depois, ele voltou a fechar a cortina para ficar a sós com a vítima. Desta vez, quem o pegou foi o chefe de enfermagem”, completou Thiago Marques.
De acordo com o investigador, vestígios de sangue foram encontrados na roupa do técnico de enfermagem. A vestimenta do suspeito foi encaminhada à perícia para que os indícios sejam confrontados com o DNA da paciente.
Além de testemunhas, os policiais ouviram o técnico, que negou os fatos. Segundo Thiago Marques, o suspeito alega que estaria prestando o atendimento normal à paciente.
Outras vítimas
O suposto abusador mora em Ceilândia e trabalha na área da saúde há 25 anos. De acordo com os investigadores, ele trabalhou em outras unidades hospitalares do DF e prestaria serviço no hospital onde ocorreu o caso há dois meses.
Segundo a Polícia Civil (PCDF), ele não tem antecedentes criminais. No entanto, há suspeitas de que ele possa ter abusado de outra paciente. “Tem uma mulher, internada no mesmo hospital, que tem pavor dele. Não aceita que ele troque a roupa dela, nem que a leve ao banheiro. Isso será investigado. Também vamos averiguar se há outras possíveis vítimas, tanto no hospital onde ele trabalhava, quanto em outros”, disse o delegado.
Após ser preso, o homem foi encaminhado para a divisão de custódia da Polícia Civil, onde aguarda a audiência que decidirá se ele permanece detido. Ele responderá por estupro de vulnerável e, caso seja condenado, pode pegar até 15 anos de prisão.