No município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, um adolescente de 14 anos foi socorrido, nessa terça-feira (22/10/2019), após levar 14 facadas e ser jogado de um barranco com cerca de cinco metros no rio Juruá. Segundo a polícia, o rapaz se fingiu de morto para sobreviver. As informações são do G1.
O crime ocorreu por volta das 23h de segunda-feira (21/10/2019) e o rapaz foi encontrado por populares às 6h de terça. A informação é de que, para que os suspeitos não descobrissem que ele estava vivo, ele acabou não gritando por socorro e esperou cerca de sete horas para ser encontrado.
O crime ocorreu no bairro da Várzea, área conhecida como Porto do Abraão. A polícia foi acionada e chamou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Como o rapaz estava em uma área de difícil acesso, no rio Juruá, o Corpo de Bombeiros precisou fazer o resgate.
O médico Marlon Holanda, que atendeu o adolescente no Hospital do Juruá, informou que ele passou por uma cirurgia e segue internado em estado estável. Segundo Holanda, o menino teve ferimentos na região do pescoço e do tórax e passou por cirurgia, que durou cerca de uma hora.
“Ele deu entrada na terça [22] trazido pelo Samu, vítima de múltiplos ferimentos de arma branca na região do pescoço e tórax. Ao todo, foram 14 ferimentos, sendo que uma facada chegou a atingir o pulmão. Foi conduzido ao centro cirúrgico, onde foi realizada drenagem do tórax de um lado e cirurgia no pescoço que tinha uma lesão de uma veia. O paciente está estável e sem risco de morte no momento”, disse o médico.
Crime filmado
O delegado que investiga o caso, Alexnaldo Batista, conversou com o adolescente e com a família dele e foi informado de que, durante todo o momento, o ato de violência contra o rapaz foi filmado. Segundo ele, o menino relatou que eram três homens, um estava com um revólver e os outros dois com facas.
O menor contou ao delegado que foi atraído por amigos para uma conversa e acabou sendo rendido pelos suspeitos. A informação é de que os criminosos achavam que o adolescente fazia parte de uma facção rival.
O delegado afirmou que os criminosos tentaram decapitar o adolescente e pensaram que ele estava morto quando o jogaram do barranco no rio. De acordo com Batista, a vítima não reconhece nenhum dos homens envolvidos no crime.