Luana Rutzen, de apenas 22 anos, tornou-se mais uma mulher a entrar para as estatísticas de feminicídio no Brasil.
A jovem foi assassinada por Marcelo Carvalho, 30, com quem havia se casado há apenas dois meses.
O crime aconteceu na última terça-feira, (30), na frente da casa da jovem, em Joinville (SC).
A mãe da vítima também foi ferida e está internada em estado grave.
Luana e sua mãe, Iliane Aparecida dos Santos, de 45 anos, foram alvejadas por três tiros cada, como concluiu a perícia.
A mãe acabou atingida quando foi prestar socorro à filha e levada de helicóptero para o Hospital São José, onde está internada em estado grave. Marcelo foi preso oito horas após o crime – o qual confessou para a Polícia Civil.
O assassino cumpria liberdade condicional e usava uma tornozeleira eletrônica, que foi retirada por ele próprio após cometer o crime.
Testemunhas afirmam que o acusado estacionou o carro em frente à casa da vítima, às 14h. Após uma discussão, o homem começou os disparos.
Carvalho teria chegado a andar em direção ao carro, mas, ao perceber que Luana ainda estava viva, voltou para concluir o assassinato. Wanderson Alves, delegado encarregado da investigação, afirmou que o homem “atirou para matar. [Ele] voltou e deu um tiro na cabeça. [Ele] tentou fazer com a sogra, só que ele errou e a bala perfurou o pescoço”.
Ainda segundo as investigações, uma pistola 380 foi apreendida na casa do irmão de Marcelo, com o número de identificação raspado.
Já Carvalho foi localizado na casa da irmã, em Joinville, e levado para Delegacia de Homicídios, onde responderá pelo crime de homicídio.
Ele já havia sido preso em 2015, por matar um homem e deixar outro ferido, utilizando-se de uma arma de fogo ilegal.
Ele conseguiu a liberdade condicional há quatro meses e, em fevereiro, casou-se com Luana.
Segundo a irmã da vítima, Luana e Marcelo começaram a namorar enquanto o homem ainda estava na cadeia.
Ela nunca havia reclamado ou registrado atos violentos por parte do namorado.
Como Carvalho foi preso em flagrante, o inquérito será mais rápido, devendo ser encaminhado à Justiça em 15 dias. Wanderson Alves ainda ouvirá testemunhas e familiares para apurar se Luana sofreu outras violências do companheiro.