O Tribunal de Justiça de Rondônia participa do Programa Justiça Itinerante Cooperativa na Amazônia Legal 2025, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas cidades de Boca do Acre, no Amazonas, e Xapuri, no Acre, durante esta semana, por meio da Coordenadoria de Comunicação Institucional. Com o projeto Cinema e Direitos Humanos, foram exibidas quatro produções nacionais, com curta duração e que têm na temática assuntos relacionados aos direitos humanos. Após a exibição, é promovido um debate informal com a população.
Em Rondônia, o projeto é executado junto às Operação Justiça Rápida Itinerante, geralmente em escolas e outros espaços públicos. A convite da organização da Justiça Itinerante do CNJ, o TJRO enviou equipamentos, servidores e uma seleção de filmes feita pela jornalista da instituição Simone Norberto, que também é cineasta e escritora. “Estamos orgulhosos de promover debates que, sem dúvida, têm o poder de transformar realidades. A parceria com o Conselho Nacional de Justiça e com os tribunais dos estados do Amazonas e Acre demonstra o nosso compromisso de construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos”, afirmou o presidente do TJRO, desembargador Raduan Miguel Filho.
Na lista, uma produção rondoniense: “Ela mora logo ali” (2022), dirigido por Fabiano Barros e Rafael Rogante, com 16 minutos de duração, aborda temáticas de inclusão, desigualdade social, direito à educação e saúde, e a importância da leitura. O curta retrata o impacto da literatura na vida de uma família de baixa renda, focando na jornada de uma mãe ambulante, negra e analfabeta que encontra nos livros um caminho para transformar sua realidade. O curta foi produzido e encenado em Porto Velho.
Outra produção é a animação “Imagine uma menina com cabelos de Brasil” (2010), de Alexandre Bersot, com 10 minutos, que explora a identidade e o combate ao racismo através da jornada de aceitação em relação ao cabelo.
Completando a programação, “Meu Amigo Nietzsche” (2012), de Fáuston da Silva, com 15 minutos, mergulha nas temáticas da desigualdade social, educação e importância da leitura. Filmado na Cidade Estrutural, periferia do Distrito Federal, o curta narra a história de Lucas, um jovem aluno que encontra o livro “Assim Falava Zaratustra” em um “lixão”, transformando sua vida com a filosofia de Nietzsche.
Para a juíza auxiliar da Presidência do CNJ, Fabiani Pieruccini, as sessões de cinema e direitos humanos são oportunidades de reflexão e discussão sobre temas fundamentais para o exercício da cidadania.
A ação é realizada pelo CNJ com apoio de parceiros, como a Prefeituras de Boca do Acre, de Xapuri e do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).