As músicas que embalam o Carnaval brasileiro também são fonte de renda e reconhecimento para milhares de criadores. Em maio deste ano, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) distribuiu um total de R$ 30,8 milhões em direitos autorais para mais de 11 mil compositores e artistas que tiveram suas músicas tocadas durante a folia de 2025.
Em comparação com 2024, os valores distribuídos no segmento de Carnaval e Festas de Fim de Ano tiveram alta de 35%, mesmo com a alta taxa de inadimplência registrada por parte de organizadores públicos e privados, que realizaram eventos de Carnaval. No primeiro trimestre deste ano, o Ecad identificou diversos eventos inadimplentes com o pagamento de direitos autorais em diversas regiões do país, descumprindo a legislação brasileira e desrespeitando os direitos da classe artística.
“É nossa obrigação defender compositores, que fazem parte da gestão coletiva da música e têm os seus direitos garantidos pela legislação no Brasil. Já passou da hora de promotores de eventos compreenderem que não há mais espaço para esse tipo de inadimplência. Os autores de músicas tocadas nos eventos muitas vezes não estão no palco, como os intérpretes e músicos acompanhantes, e, por sua vez, não recebem cachês, destinado a quem participa dos shows”, afirma a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.
O Ecad é uma instituição privada, sem fins lucrativos e a única no Brasil responsável por arrecadar e distribuir direitos autorais de execução pública musical. Sua atuação assegura que os criadores sejam justamente remunerados sempre que suas obras forem tocadas em locais como shows, blocos, desfiles, bailes, trios elétricos, estabelecimentos comerciais, emissoras de rádio e TV, entre outros.
Ranking das músicas mais tocadas no Carnaval 2025
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