O juiz de direito Cristiano Mazzini, do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), foi o entrevistado do programa Amazônia, Gente e Justiça, transmitido pela News TV. A conversa abordou temas centrais sobre inovação no sistema judiciário, acesso à justiça e o papel da educação jurídica na promoção da dignidade humana.
Dr. Mazzini destacou o pioneirismo de Rondônia na adoção de tecnologias que facilitam o acesso da população ao Judiciário. Por ser um tribunal relativamente jovem, o TJRO investe continuamente em soluções digitais como a Justiça Itinerante, a Central de Processos Eletrônicos (CPE) e, mais recentemente, o Fórum Digital. “A inovação é um caminho para tornar o sistema mais eficiente, mas, acima de tudo, mais humano”, afirmou.
O Fórum Digital foi citado como uma das mais relevantes inovações. A ferramenta permite que cidadãos, especialmente de regiões remotas, participem de audiências e procedimentos sem sair de casa, rompendo barreiras geográficas e sociais. “É um avanço que democratiza o acesso à justiça e encurta distâncias reais”, explicou.
Outro marco importante foi o reconhecimento nacional do TJRO com o Prêmio Inovare, considerado o principal prêmio da Justiça brasileira. A distinção reforça o papel do tribunal como referência em boas práticas que promovem eficiência e cidadania. “Esse prêmio é o reconhecimento de um trabalho coletivo que tem como foco o bem-estar do cidadão”, destacou o magistrado.
A entrevista também abordou a colaboração entre o Judiciário e a academia. Mazzini ressaltou a importância do programa de pós-graduação em Direitos Humanos e Justiça (DHJUS), da UNIR, que tem qualificado o corpo técnico do tribunal. Atualmente, cerca de 60 magistrados do TJRO possuem título de mestre, refletindo o compromisso com a formação continuada.
Por fim, o juiz enfatizou o impacto social das inovações judiciais, especialmente para populações em situação de vulnerabilidade. “A justiça precisa ser acessível, compreensível e próxima. Nosso trabalho é garantir que todo cidadão tenha seus direitos respeitados”, concluiu.
A entrevista reforçou a missão do programa Amazônia, Gente e Justiça de aproximar a população dos debates sobre cidadania, direitos e transformações institucionais que moldam o futuro da justiça na região.