No programa Amazônia, Gente e Justiça, Cidinha Fernandes — pesquisadora, gestora e referência em inovação no setor público — compartilhou suas experiências na transformação tecnológica do Poder Judiciário de Rondônia, reconhecido entre os mais eficientes do Brasil há mais de cinco anos.
Justiça eficiente e digital
Cidinha destacou o papel de Rondônia como modelo nacional em modernização judicial, com foco na agilidade e assertividade das decisões. A criação da Central de Processos Eletrônicos (CPE), em 2016, foi um marco: digitalizou por completo os processos, eliminou o uso de papel e padronizou os fluxos de trabalho.
“Modernizar não é só usar tecnologia — é repensar o sistema para atender melhor a sociedade”, afirmou.
Resistências e aprendizados
Apesar dos avanços, ela reconheceu que a inovação enfrenta barreiras institucionais e culturais. Em sua pesquisa de mestrado, Cidinha ouviu advogados, servidores e jurisdicionados para entender como as mudanças são percebidas e como podem ser ajustadas para uma justiça mais acessível.
Diversidade e inclusão no Judiciário
A entrevistada também ressaltou a importância da diversidade de profissionais no Tribunal de Justiça. Equipes multidisciplinares, com engenheiros, pedagogos, psicólogos e analistas de dados, trabalham juntas na CPE, promovendo inovação e troca de experiências entre gerações.
Sustentabilidade e impacto social
Além da eficiência, a digitalização trouxe ganhos ambientais concretos, com redução no consumo de papel e impacto direto na preservação da Amazônia. Socialmente, a digitalização garante mais transparência, previsibilidade e acesso à informação para a população.
Olhar para o futuro
Cidinha agora foca sua pesquisa de doutorado em como superar resistências à inovação nos tribunais. Seu objetivo é continuar desenvolvendo soluções que tornem o Judiciário ainda mais ágil, humano e sustentável.