Com foco na prevenção e controle da influenza aviária e da doença de Newcastle, a Agência Idaron (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia) mantém ativa a vigilância sanitária nas criações de aves em todo o estado. A iniciativa, realizada anualmente entre outubro e junho, está em seu terceiro ciclo consecutivo desde que os primeiros surtos da gripe aviária surgiram na América do Sul em 2022.
Neste período, 111 propriedades rurais — que vão desde criações familiares até grandes granjas comerciais — estão sendo visitadas pelos técnicos da Agência. O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, explica que a coleta de amostras acontece em criações com diferentes finalidades, como produção de ovos e carne.
Foco estratégico no monitoramento
A escolha dos locais de coleta leva em conta a proximidade com áreas alagadas ou corpos d’água, locais que atraem aves silvestres migratórias como patos, gansos e marrecos — principais transmissores naturais dos vírus monitorados. São coletadas amostras de sangue, além de swabs da cloaca e traqueia, que são enviados para análise laboratorial.
De acordo com o coordenador das ações, Fabiano Benitez Vendrame, esse trabalho é especialmente relevante nesta época do ano, quando aves do Hemisfério Norte migram em busca de temperaturas mais amenas na América do Sul. “Essas aves migratórias representam um risco potencial de introdução dos vírus na fauna local”, afirma.
Rondônia preserva status sanitário
Apesar da circulação de aves migratórias, o Brasil segue livre da gripe aviária e da doença de Newcastle. Até agora, foram registrados apenas três casos confirmados em aves de subsistência, sem impacto na condição sanitária do país nem nas exportações do setor avícola.
O governador Marcos Rocha ressaltou a importância da avicultura para a economia rondoniense e reforçou o apoio do governo estadual às ações da Idaron. “A avicultura é uma das principais atividades econômicas da nossa região, e garantir a segurança do plantel é uma prioridade para o estado”, afirmou.