Trabalhadores que realizam entregas por aplicativos iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (31) em diversas regiões do país, incluindo Porto Velho. O movimento, que segue até amanhã (1º), tem como objetivo pressionar plataformas como iFood e Uber Flash por melhores condições de trabalho.
A greve é organizada pela Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea) e marca a terceira paralisação da categoria no país, sendo as duas anteriores realizadas em 2020, durante a pandemia.
Os entregadores alegam que os valores pagos atualmente não acompanham o custo de vida, além de terem que arcar com despesas como combustível, manutenção e riscos no trânsito. As principais demandas do movimento incluem:
Aumento do valor mínimo da entrega: reajuste de R$ 6,50 para R$ 10, considerando que o último aumento, em 2022, também ampliou a distância percorrida de 3 para 5 km.
Reajuste do pagamento por quilômetro rodado: atualmente em R$ 1,50, a categoria reivindica um valor de R$ 2,50, devido ao aumento dos combustíveis.
Limitação da distância para entregadores ciclistas: solicitação de um raio máximo de 3 km para evitar longos trajetos que dificultam novas entregas.
Fim das entregas agrupadas: atualmente, os aplicativos cobram separadamente de cada cliente, mas os entregadores recebem um único pagamento quando fazem múltiplas entregas na mesma rota. A categoria exige que cada pedido seja pago individualmente.
A Anea classifica essa greve como “a maior paralisação de entregadores por aplicativos da história do Brasil”. No total, 59 cidades foram afetadas, incluindo 19 capitais, onde estão previstos atos nas ruas:
São Paulo
Maceió
Manaus
Belém
Salvador
Fortaleza
Goiânia
Distrito Federal
Belo Horizonte
João Pessoa
Natal
Porto Alegre
Recife
Rio de Janeiro
Florianópolis
Curitiba
Porto Velho
Cuiabá
São Luís
O movimento busca maior reconhecimento e melhorias salariais para os trabalhadores, destacando as dificuldades enfrentadas diariamente na prestação do serviço.