O Brasil conta com 144 centros de pesquisa dedicados à inteligência artificial (IA), consolidando-se como um dos principais polos da área na América Latina. Segundo um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o país ocupa a 15ª posição no ranking mundial de publicações acadêmicas sobre IA, considerando dados de 2000 a 2022. Durante a pandemia, no entanto, o Brasil caiu temporariamente para a 20ª colocação.
O levantamento, chamado “Panorama Brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovação em Inteligência Artificial”, analisa o avanço nacional no setor, abordando políticas públicas, investimentos e a distribuição dos centros de pesquisa pelo país.
Onde estão os centros de pesquisa?
A maior concentração de unidades de pesquisa em IA está nas regiões Sudeste e Nordeste, com São Paulo liderando (41 centros), seguido pelo Amazonas (22), Rio de Janeiro (14), Minas Gerais (13) e Pernambuco (10). O CGEE destaca que essa distribuição reflete tanto investimentos históricos quanto políticas recentes para fortalecer a inovação em diferentes regiões.
Investimentos e impacto econômico
Os investimentos públicos em IA no Brasil devem atingir R$ 22 bilhões até 2028. Além disso, para cada real investido pelo governo, o setor privado contribui com R$ 3,34, demonstrando o potencial da IA para impulsionar a economia e a inovação tecnológica.
Entre as áreas mais beneficiadas estão indústria e manufatura (30 centros de pesquisa), saúde (25), tecnologia corporativa e gestão (20), além de mobilidade e logística (15). O estudo aponta que essa concentração demonstra a importância estratégica desses setores e fortalece ecossistemas de inovação, promovendo parcerias entre universidades, empresas e governo.