O Núcleo Psicossocial de Apoio à Mulher em Situação de Violência Doméstica (NUPS-APM) do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) realizou, na última segunda-feira (24), no Fórum Geral César Montenegro, em Porto Velho, o primeiro encontro do “Semear em Rede”. A iniciativa integra o Projeto Semeadura, que há 13 anos atua no atendimento a homens envolvidos em violência doméstica, especialmente aqueles com histórico de abuso de álcool e outras drogas.
A assistente social do TJRO, Alline Sarge, destacou que o “Semear em Rede” tem como objetivo conectar participantes dos grupos reflexivos do Semeadura com profissionais da rede de atendimento psicossocial. Através de rodas de conversa, os envolvidos podem compreender melhor a importância do tratamento e conhecer os serviços disponíveis para apoio, reduzindo o risco de reincidência da violência e incentivando mudanças de comportamento.
Durante o encontro, especialistas apresentaram diferentes recursos para o tratamento de dependência química e transtornos relacionados. A psicóloga Fernanda Costa explicou o funcionamento do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPS AD); o psicólogo Diego Leão falou sobre os serviços da Casa Família Rosetta; e representantes do Alcoólicos Anônimos de Rondônia detalharam o trabalho dos grupos de apoio para alcoolistas.
Os facilitadores dos grupos reflexivos do Semeadura, psicóloga Amanda Ely e psicólogo Andrey Botelho, ressaltaram que a iniciativa contribui não apenas para a recuperação dos participantes, mas também para a prevenção da violência de gênero, ao atuar em um dos fatores de risco mais críticos.
Dado o caráter contínuo do Projeto Semeadura, com novos grupos sendo formados a cada três meses, as rodas de conversa do “Semear em Rede” ocorrerão trimestralmente. As próximas edições estão marcadas para os dias 23 de junho, 22 de setembro e 1º de dezembro, garantindo que todos os participantes tenham acesso à atividade.
“A periodicidade visa assegurar a continuidade da sensibilização, fortalecendo o impacto do projeto na promoção da responsabilização e no incentivo à adesão ao tratamento”, concluiu Alline Sarge.